Laboratórios buscam kit diagnóstico de massa para detectar o zyka vírus
Instituições públicas e privadas iniciaram corrida para desenvolver um teste mais simples e rápido, que possa ser realizado em larga escala
Laboratórios públicos e privados de todo o Brasil têm trabalhado em ritmo acelerado para desenvolver kits diagnósticos que possam ser largamente realizados para identificar a infecção pelo zyka vírus. Entre as instituições particulares envolvidas nesse esforço estão os laboratórios Fleury e Delboni, de São Paulo, e Hermes Pardini, de Minas Gerais. Entre as públicas, figuram a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro; o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo; e o Instituto Evandro Chagas, no Pará.
Atualmente, a metodologia disponível para o diagnóstico da febre zykasão os testes moleculares, que, embora precisos, têm limitações técnicas e de escala. Do ponto de vista técnico, o grande problema, segundo os especialistas, é que esses testes só são capazes de identificar a doença nos cinco primeiros dias após o aparecimento dos sintomas. Do ponto de vista quantitativo, estima-se que, por sua complexidade, mesmo com a mobilização de toda a estrutura pública e privada disponível no país, o Brasil só teria capacidade de realizar 1.000 testes moleculares por semana, o que deve se mostrar insuficiente diante do avanço da epidemia de microcefalia – malformação do sistema nervoso de bebês que vem sendo associada à ocorrência de febre zyka entre gestantes.
Por essa razão, os laboratórios trabalham no desenvolvimento de um kit diagnóstico do tipo sorológico, capaz de detectar os anticorpos contra o vírus. Além de poder ser realizado em larga escala, ele permitiria identificar os marcadores da doença meses depois – um passo crucial para associar um caso de microcefalia a uma infecção pregressa por zyka vírus. A expectativa é contar com os novos testes a partir de fevereiro de 2016.
Fora do Brasil, o laboratório alemão Euroimmun já desenvolveu dois testes por sorologia para identificar o vírus. O primeiro deles, de imunofluorescência, ainda será analisado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para obtenção de registro. O exame é capaz de acusaros quatro sorotipos da denguee os vírus das febres chikungunya e zyka.
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http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/12/teste-de-zika-ainda-e-complexo-veja-que-instituicoes-tem-exame-disponivel.html e http://www.valor.com.br/empresas/4345574/laboratorios-correm-para-produzir-testes-que-detectem-o-virus-zika