Pesquisa genética rastreia a disseminação de bactérias resistentes a antibióticos

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Hospitais: infecções que se acreditava originadas nesse ambientes são, na realidade, disseminadas por indivíduos específicos que espalham as bactérias conforme se movem pelo sistema de saúde

Crédito foto: Dreamstime

Surtos que se acreditava estarem restritos a infecções hospitalares também podem se estender pela comunidade em geral

Pesquisadores da London School of Hygiene and Tropical Medicine, em Londres, rastrearam a disseminação de Staphylococcus aureus meticilina-resistente (MRSA) na Inglaterra e chegaram a conclusões surpreendentes.

Diferentemente da crença de que a maioria dos casos de MRSA se origina de infecções hospitalares, os cientistas encontraram um padrão centrado em torno de indivíduos específicos que espalham as bactérias conforme se movem pelo sistema de saúde. Também foram encontrados sinais de que as cepas de MRSA que se acreditava serem estritamente associadas a hospitais podem se espalhar da mesma forma pela comunidade em geral.

O detalhamento inédito da transmissão de MRSA foi proporcionado pelo sequenciamento genético de pelo menos uma amostra de MRSA de 1.465 indivíduos num total de 2.282 amostras de MRSA. A análise epidemiológica e filogenética integrada revelou 173 grupos de transmissão contendo entre 2 e 44 casos e envolvendo 598 pessoas (40,8%). Entre estes grupos de transmissão havia aqueles envolvendo somente pacientes com contato hospitalar, outros somente pacientes comunitários e grupos mistos envolvendo 157 indivíduos com contatos hospitalares e comunitários. De acordo com os resultados obtidos, os autores sugeriram que tanto as linhagens de MRSA associadas aos hospitais como as oriundas da comunidade são capazes de se espalhar, o que traz implicações importantes para as políticas  e as práticas de controle de infecções por esse microrganismo atualmente existentes.

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