Como o corpo reage quando um fungo inofensivo resolve atacar

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Células e hifas de C. albicans: só nesta última forma o fungo se torna patogênico

Crédito foto: British Society of Immunology

Proteína secretada pelas hifas aumenta a expressão de moléculas pro-inflamatórias

Um estudo publicado por pesquisadores ingleses e americanos na revista Science Immunology traz revelações sobre como as formas benigna e infecciosa de Candida albicans ditam diferentes respostas imunes, um processo muito pouco compreendido.

C. albicans é um fungo dimórfico, apresentando a forma comensal de levedura e a forma de hifa, que é invasiva e causa dano aos tecidos do hospedeiro. As hifas são estruturas longas e ramificadas que penetram e danificam células epiteliais orais ao redor. Pessoas com o sistema imunológico comprometido – como indivíduos com Aids ou submetidos a quimioterapia – são especialmente vulneráveis ao risco de infecção.

Para entender melhor os gatilhos que ativam a resposta imune inata à invasão de C. albicans, pesquisadores ingleses e americanos investigaram a infecção fúngica em roedores que, diferentemente dos humanos, não são hospedeiros naturais de C. albicans e, portanto, representam uma oportunidade única de observar a primeira resposta imune ao fungo.

Os cientistas descobriram uma proteína secretada pelas hifas, chamada de candidalisina, que é imediatamente reconhecida pelo sistema imunológico como um sinal de perigo, ativando células que combatem os fungos. Os autores também identificaram que a candidalisina aumentou a expressão de moléculas pró-inflamatórias, ajudando a conter a infecção.

Ao contrário, camundongos infectados com cepas de C. albicans deficientes de candidalisina, exibiram uma ação reduzida das células imunes que combatem fungos.

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