Ano de nascimento influencia resistência à gripe

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Mulher gripada: pessoas mais jovens, nascidas após 1968 costumam estar protegidas contra os subtipos de influenza H3 sazonal e H7 aviário how to spell proofreading

Crédito foto: Dreamstime

Segundo estudo, as cepas de influenza a que uma pessoa é exposta na infância determinam a futura suscetibilidade às diferentes variedades do vírus

O ano em que um indivíduo nasce tem um papel importante na determinação de sua maior ou menor suscetibilidade a cada cepa de influenza, revelou um estudo publicado na revista Science. O achado ajuda a esclarecer o mistério ao redor das razões pelas quais as infecções por uma determinada cepa, como H5N1, afetam principalmente crianças e jovens adultos, enquanto os casos de H7N9 atingem principalmente pessoas mais velhas.

De modo geral, os vírus da gripe são categorizados em dois grupos. O grupo 1 inclui os subtipos H1, H2, e o aviário H5, enquanto o grupo 2 contém o H3 sazonal e o aviário H7. Em um novo estudo, pesquisadores das universidades do Arizona e da Califórnia, nos Estados Unidos, levantaram a hipótese de que indivíduos expostos a infecção por um vírus de um desses grupos experimenta, posteriormente, um risco reduzido de doenças severas relacionadas a novas cepas dentro do mesmo grupo.

De fato, eles descobriram que o ano em que uma pessoa nasceu – e, portanto, a quais cepas de gripe ela foi exposta na infância – influenciava fortemente sua futura suscetibilidade às diferentes variedades de vírus. Por exemplo, indivíduos nascidos antes de 1968 provavelmente tiveram sua primeira gripe causada por um vírus do grupo 1 e, consequentemente, estão mais protegidos contra outros vírus do mesmo grupo. Por outro lado, uma infecção viral por cepas do grupo 2, mais frequente entre indivíduos nascidos após 1968, parece proteger contra os vírus H7N9 do grupo 2.

Nos casos em que há exposição precoce a vírus de ambos os grupos, o efeito protetor é profundo, reduzindo o risco de infecção severa por H5N1 ou H7N9 em 75% e o risco de morte em 80%. As autoras especulam que essa imunidade cruzada ocorre graças a anticorpos que têm como alvo a haste da hemaglutinina encontrada na superfície do vírus. Isso porque essa haste quase não tem modificações entre os subtipos virais, enquanto que a cabeça da hemaglutinina sofre mutações significativas nas diferentes cepas.

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