Vacina híbrida produz seu próprio antígeno

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E. coli: cientistas inserem numa célula bacteriana não-patogênica uma carga de proteínas antigênicas associadas à doença pneumocócica virulenta

Crédito foto: C. Bickel / Science Translational Medicine (2016)

Imunizante combina um núcleo biológico e uma camada externa feita de biomateriais, capaz de induzir uma resposta imune mais forte e de conferir maior proteção contra infecções bacterianas do que vacinas de design tradicional

Pesquisadores da New York State University projetaram uma vacina híbrida de pneumococos que combina um núcleo biológico com uma camada protetora feita de biomateriais, capaz de produzir uma resposta imune mais forte e de conferir maior proteção contra infecções bacterianas do que vacinas de design tradicional. E o principal: este núcleo biológico permite à vacina produzir internamente o antígeno, eliminando a necessidade de produzi-lo e purifica-lo com antecedência.

Os cientistas prepararam o imunizante alocando numa célula bacteriana não-patogênica de E. coli uma carga de proteínas antigênicas associadas à doença pneumocócica virulenta. Depois, eles revestiram a célula com um polímero. A parede celular de E. coli contém açúcares que intensificam a resposta imune disparada pelos antígenos e o revestimento de polímero facilita a absorção da vacina pelas células do sistema imunológico. Com essa arquitetura, a célula bacteriana também pode continuar a produzir o antígeno depois que a vacina foi aplicada.

A vacina híbrida protegeu, com sucesso, camundongos contra várias cepas de Streptococcus pneumoniae, e pareceu funcionar de forma consistente se aplicada por via nasal, sob a pele ou injetada na cavidade abdominal. Esse modelo de núcleo biológico pode carregar proteínas ou antígenos genéticos, tornando-o útil contra uma grande variedade de vacinas, tanto aquelas usadas contra infecções virais quanto as utilizadas na imunoterapia do câncer.

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