Novo teste pode evitar prescrição inadequada de antibióticos
Exame de sangue: diagnóstico molecular permite diferenciar enfermidades bacterianas, virais e não-infecciosas
Crédito foto: GrahamColm / https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/legalcode
Ao analisar um conjunto de 18 genes, ativados em resposta a diferentes tipos de inflamação, o exame permite distinguir com precisão as infecções bacterianas das virais
Um novo teste sanguíneo consegue distinguir de forma precisa as infecções virais das bacterianas, representando uma ferramenta para guiar a prescrição de antibióticos e reduzir a resistência a essas drogas. Em vez de analisar o sangue à procura de micróbios, o teste, apresentado na revista Science Translational Medicine, examina um conjunto de 18 genes que são ativados em resposta a diferentes tipos de inflamação. O diagnóstico molecular promete ajudar a reduzir o uso inadequado de antibióticos, já que atualmente entre 30% e 50% dessas drogas são prescritas sem necessidade nos hospitais.
As ferramentas atualmente disponíveis para fazer o perfil da resposta genética do hospedeiro frequentemente incluem genes demais – de dúzias a centenas – o que, na prática, torna difícil seu aproveitamento clínico. Pensando nisso, a equipe de Timothy Sweeney, da Escola de Medicina da Universidade de Stanford, identificou 11 genes relacionados à sepse que predizem se uma inflamação é provocada por uma infecção subjacente. Eles também filtraram os dados de expressão genética publicamente disponíveis e selecionaram sete que distinguem de forma confiável as infecções bacterianas das virais para um amplo espectro de doenças. Ao combinar as duas abordagens, os pesquisadores formaram um painel de 18 genes para diagnosticar de forma acurada enfermidades bacterianas, virais e não-infecciosas tanto numa amostra de 1.000 pacientes quanto em 96 crianças com sepse. Em conjunto, os achados contribuem para o desenvolvimento de ferramentas diagnósticas que ajudem a combater a resistência a antibióticos.
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