USP desenvolve teste sorológico para detecção do zika vírus
Método permite relacionar casos de microcefalia fetal com infecções pelo micro-organismo ocorridas no início da gestação
Pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um teste sorológico para diagnosticar infecções pelo zika vírus. O método, que detecta a presença de anticorpos contra o vírus mesmo após a eliminação do micro-organismo pelo corpo humano, permite identificar casos antigos de febre zika – uma limitação dos testes moleculares já disponíveis, capazes de diagnosticar o vírus apenas na fase aguda doença, que dura cerca de cinco dias.
Uma das grandes contribuições do novo teste será a possibilidade de relacionar casos de microcefalia fetal a infecções por zika vírus ocorridas no passado, ainda no início da gestação. Utilizada em amostras de sangue de mulheres de Itabaiana, município sergipano com um dos maiores índices de microcefalia do país, a metodologia permitiu confirmar que a maioria das oito mães de bebês com microcefalia havia sido infectada pelo micro-organismo anteriormente.
Segundo o ICB, os reagentes necessários para a realização do teste estão em produção emergencial e serão distribuídos gratuitamente para centros de pesquisa e laboratórios científicos do país. A equipe responsável pelo desenvolvimento do kit sorológico busca agora parceria com o Instituto Butantan para que o produto esteja disponível para hospitais e bancos de sangue de todo o país.
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