Missão espacial investiga sinais de vida em Marte

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Lançamento do foguete Proton, do projeto ExoMars, na base de Baikonur, no Cazaquistão.

Crédito foto: ESA–Stephane Corvaja, 2016

O objetivo é analisar a atmosfera e o solo do Planeta Vermelho em busca de gases que funcionem como indicadores da atividade de micro-organismos

A Agência Espacial Europeia (ESA) lançou neste mês a primeira de duas missões espaciais do Projeto ExoMars, que visa a investigar indícios de vida em Marte. A bordo do foguete Proton, foram lançados da base de Baikonur, no Cazaquistão, um satélite e uma sonda rumo ao Planeta Vermelho. O objetivo é analisar a atmosfera e o solo marcianos em busca de gases que funcionem como indicadores da atividade biológica de micro-organismos, especialmente o metano. A missão deve aterrissar em Marte em 19 de outubro.

Em dezembro de 2014, o robô Curiosity, da Nasa, já havia detectado picos de emissão de metano em Marte. “O metano é um biomarcador de atividade biológica”, afirma Douglas Galante, pesquisador do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), sobre o gás que, na Terra, é liberado por seres vivos e após a decomposição de matéria orgânica. “Ressuscitou-se a esperança de vida microbiana no subsolo, mesmo que os picos de emissão do gás tenham durado apenas dois meses”, diz Eduardo Janot, da Sociedade Brasileira de Astrobiologia. Para os especialistas da área, é sob a superfície de Marte que pode se esconder uma microbiota remanescente do período em que havia grandes quantidades de água e, provavelmente, vida no solo do planeta vermelho.

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