População carcerária tem 30 vezes mais casos de tuberculose

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Prisões: transferências de presos são um desafio para a continuidade do tratamento da tuberculose

Crédito foto: EBC

Triagem inadequada e falta de isolamento para detentos infectados favorece disseminação da doença

De acordo com dados do Ministério da Saúde e pesquisas da Fiocruz, na população carcerária a incidência de casos de tuberculose é de 932 infectados a cada 100 mil pessoas. A título de comparação, na população em geral a média é 32 infecções a cada 100 mil habitantes. Isso quer dizer que a doença é quase 30 vezes mais frequente dentro das prisões.

No Rio de Janeiro, esse índice chega a 2 mil infectados a cada 100 mil presos, o que coloca o estado em primeiro lugar no ranking dos estados com mais casos de tuberculose entre presidiários. Em Pernambuco, as ocorrências dentro da carceragem representam 10% de todos os casos notificados.

Segundo os especialistas, uma das causas mais prováveis para a alta disseminação da doença nas prisões é a falta de uma triagem de qualidade na chegada dos presos, bem como de uma triagem periódica, para isolar os casos suspeitos dos demais. Além disso, as transferências entre prisões são um desafio para a continuidade do tratamento que, quando interrompido, pode desencadear formas de tuberculose resistentes às principais drogas.

A tuberculose é uma das 10 principais causas de morte no mundo.

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