Fiocruz detecta zika vírus ativo em urina e saliva

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Zika vírus: células usadas em estudos virais foram destruídas ou danificadas quando colocadas em contato com as amostras retiradas de pacientes com febre zika

Crédito foto: Equipe Micro in foco

É a primeira vez que se encontra o micro-organismo, ainda com potencial de infecção, nesses fluidos corporais

Cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) liderados pela pesquisadora Myrna Bonaldo anunciaram, no princípio do mês, ter detectado o zika vírus em estado ativo em amostras de saliva e de urina de dois pacientes com sintomas da febre zika. É a primeira vez que se encontra o micro-organismo, ainda com potencial de infecção, nesses fluidos corporais. Essa descoberta levanta a possibilidade de transmissão do vírus por outras vias que não a picada do mosquito Aedes aegypti.

Depois de submetidas a testes que apontaram a presença de material genético do zika vírus, as amostras foram colocadas em contato com células usadas em estudos virais. O resultado é que as células foram destruídas ou danificadas, sinalizando a atividade viral. Segundo o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, os achados não são uma prova definitiva da possibilidade de contágio da febre zika sem o Aedes aegypti como vetor. “O fato de haver um vírus ativo não significa que necessariamente há possibilidade de infecção de outras pessoas de maneira sistêmica através desses fluidos”, disse ele. Mesmo assim, enquanto não surgem mais informações, Gadelha recomendou às mulheres grávidas evitar locais de grande aglomeração e o compartilhamento de talheres.

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