Injeção simplifica tratamento da Aids

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Carga viral indetectável: o resultado foi alcançado por entre 87% e 97% dos pacientes que receberam a injeção

Crédito foto: Unaids

Mensal, o novo tratamento fornece a dose de antirretrovirais necessária para manter a carga viral indetectável no organismo

Uma injeção mensal, capaz de fornecer a dose de antirretrovirais necessária para manter a carga de HIV indetectável no organismo, deve facilitar o tratamento de pacientes soropositivos. É o que promete um estudo publicado no periódico científico Lancet e apresentado na Conferência Internacional de Investigação sobre a AIDS, em Paris.

Os coquetéis de antirretrovirais hoje disponíveis são capazes de debelar a infecção por HIV. Mas isso depende da disciplina do paciente, que precisa tomar a medicação diariamente – as falhas comprometem a eficácia do tratamento e favorecem o aparecimento de cepas resistentes do vírus. Uma injeção mensal poderia reduzir esse risco.

O novo tratamento combina o medicamento cabotegravir, do laboratório ViiVHealthcare, entidade que promove a colaboração dos grupos GSK, Pfizer e Shionogi em pesquisas sobre HIV, e a rilpivirina, da Johnson & Johnson. O estudo, realizado com 230 pacientes, mostrou que a injeção promove eficácia semelhante à dos antirretrovirais em pílula.

Os participantes da pesquisa receberam a medicação em intervalos de oito ou quatro semanas. Entre 87% e 97% dos pacientes que receberam a dose a cada oito semanas mantiveram a carga viral indetectável. Essas taxas são comparáveis à do grupo de controle, em que 84% dos indivíduos obtiveram o mesmo resultado tomando as pílulas diárias. Mas houve alguns efeitos colaterais, como dores no local da injeção, diarreia e dores de cabeça.

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