Redução do uso de antibióticos não previne superbactérias
Mesmo quando o tratamento é interrompido, esses micro-organismos transmitem seus genes em velocidade suficiente para conservar a característica da resistência
Uma das principais recomendações para conter o problema da resistência bacteriana é evitar o uso excessivo de antibióticos. Afinal, as superbactérias surgem quando uma delas sobrevive ao antibiótico e, sem a concorrência de outros micro-organismos, eliminados pelo medicamento, transmite a resistência aos seus descendentes. Mas um novo estudo, da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, sugere que essa medida é insuficiente.
Os resultados mostraram que, mesmo quando o antibiótico é retirado, as bactérias dotadas da capacidade de conjugação – processo sexual de transferência genética – conseguem transmitir seus genes em velocidade suficiente para conservar a característica da resistência. Os testes foram realizados com nove tipos de plasmídios e, mesmo sem o antibiótico, a resistência se espalhou.
Entretanto, os pesquisadores identificaram que a combinação de ácido linoleico (para inibir a conjugação) e fenotiazina (para estimular erros de segregação do plasmídio), conseguiu eliminar 99% dos plasmídios. “A combinação sinérgica foi crítica para reverter a resistência”, escreveram os autores no artigo, publicado no periódico Nature Communications.
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