Moscas podem transmitir muito mais doenças do que se imaginava

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Os pesquisadores analisaram o microbioma de 116 moscas de diversos habitats de três continentes

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Estudo das universidades da Pensilvânia, Federal do Rio de Janeiro e Estadual de Campinas detectou que o inseto carrega mais de 300 tipos de bactérias

A mosca doméstica (Musca domestica) e a mosca varejeira (Chrysomya megacephala) carregam, cada uma, mais de 300 tipos de bactérias, apontou um estudo da Universidade Estadual da Pensilvânia (Penn State University), nos Estados Unidos, em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Universidade Estadual de Campinas e publicado no periódico Scientific Reports. E o pior: muitos desses micro-organismos são patogênicos, provocando desde infecções no estômago até pneumonias. Isso quer dizer que esses insetos, bastante comuns no ambiente urbano, podem transmitir muito mais doenças do que se imaginava.

Os pesquisadores analisaram o microbioma de 116 moscas de diversos habitats de três continentes, utilizando técnicas de sequenciamento de DNA para identificar as bactérias que estavam sobre seu corpo. Com base nos achados, eles afirmam que o papel desses insetos, como vetores de infecções bacterianas, tem sido subestimado pelas autoridades de saúde pública. “As moscas podem contribuir para a transmissão de agentes patogênicos em situações de surtos”, afirma Donald Bryant, professor de bioquímica e biologia molecular da Penn State University e um dos autores do estudo.

As moscas domésticas são conhecidas por circular em aterros sanitários e se alimentar de comida em decomposição, animais mortos e matéria fecal. Já as varejeiras são as moscas mais frequentes em animais mortos. Elas são típicas de áreas urbanas e muito encontradas nos arredores de açougues, abatedouros e lixeiras.

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