Estudo sobre fibrose cística alerta sobre disseminação de bactéria agressiva

noticias_11-2016_06

Colônia de M. abscessus: achados sugerem que clones bacterianos vêm sendo amplamente transmitidos dentro da comunidade de pacientes de fibrose cística

Crédito foto: Journal of Clinical Microbiology

Mycobacterium abscessus, uma espécie multirresistente, emergiu como uma ameaça global importante para portadores da doença

Uma bactéria que causa dano aos pulmões, a qual se acreditava ser adquirida do ambiente é, na realidade, transmitida entre humanos – ao menos em clínicas de tratamento de fibrose cística, segundo dados recentemente divulgados. A pesquisa, que se baseou em dados clínicos de centros de fibrose cística da Europa, dos Estados Unidos e da Austrália, indica que três versões particularmente virulentas dessa bactéria surgiram nas últimas décadas.

Mycobacterium abscessus, uma espécie multirresistente, emergiu como uma ameaça global importante para indivíduos com fibrose cística e outras doenças. Anteriormente, se pensava que os pacientes contraíam a infecção por M. abscessus da água e do solo, e que a transmissão entre pacientes não ocorria. Dada a crescente incidência dessa bactéria entre portadores e não portadores de fibrose cística, entretanto, os cientistas decidiram investigar mais a fundo a possibilidade de transmissão cruzada.

Eles sequenciaram genomas completos de mais de 1.000 variedades de M. abscessus de mais de 500 indivíduos que frequentam centros de fibrose cística ao redor do mundo. Eles acabaram descobrindo isolados quase idênticos de M. abscessus  em diferentes regiões, sugerindo que clones bacterianos estavam sendo amplamente transmitidos dentro da comunidade de pacientes de fibrose cística.

Análises posteriores sugeriram que a infecção pode ter se espalhado dentro de hospitais, por meio de superfícies contaminadas e através do ar. Como os clones dominantes se disseminaram entre os continentes ainda é desconhecido.

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