ANÁLISE DA DEGRADAÇÃO MICROBIANA DO BIODIESEL PURO EM MICROCOSMO USANDO LATOSSOLO

Ana Lívia Gomes Nascimento (UCSAL); Alessandra Argolo Espírito-santo (FTC)

O biodiesel é uma alternativa promissora de biocombustível renovável. Originado de óleos vegetais e gordura animal e produzido a partir de reação de transesterificação, substitui o diesel derivado de petróleo. Com sua crescente produção, torna-se necessário a realização de estudos visando avaliar o impacto deste composto caso o mesmo venha a entrar em contato com o ambiente. O presente estudo buscou analisar, em condições de laboratório, a eficiência da biorremediação bacteriana do biodiesel puro. O experimento foi conduzido em microcosmos, utilizando Latossolo proveniente do Parque Metropolitano de Pituaçu, em 3 condições: Solo estéril adicionado do inóculo de bactéria (E1 - teste do inóculo); Solo com microbiota nativa (E2 - atenuação natural); Solo com microbiota nativa, adicionado do inóculo de bactérias (E3 - bioaumentação). Todos os tratamentos foram realizados em 05 réplicas e receberam 10% de biodiesel. Um tratamento controle, contendo solo estéril e biodiesel, foi incluído para fins de comparação. A respiração basal, representada pela liberação de CO₂ proveniente da oxidação do biodiesel pelos microrganismos, foi empregada como indicadora da biorremediação. Os ensaios foram monitorados diariamente por um período de 15 dias e os dados obtidos submetidos à análise de variância (a = 5%). Os ensaios onde foram obtidas as maiores taxas de produção de CO2 foram respectivamente, E3 e o E2. O ensaio com a cepa bacteriana inoculada no solo estéril contaminado - E1, foi o que apresentou as menores taxas de oxidação do biocombustível. Os resultados obtidos reforçam a habilidade dos microrganismos de solo em oxidar biodiesel, ressaltam o papel da microbiota nativa na biorremediação, e atestam a eficiência da cepa bacteriana testada, principalmente quando associada à microbiota nativa.