25º Congresso Brasileiro de Microbiologia

25º Congresso Brasileiro de Microbiologia

ResumoID:2402-2

Área: Micologia Médica ( Divisão B )

INVESTIGAÇÃO AMBIENTAL DE FUNGOS AGENTES DE MICOSES CUTÂNEAS EM VITÓRIA, ES

Mariceli Araujo Ribeiro (UFES); Vinicius Grassi (UFES)

Resumo

Estima-se que cerca de 25% da população mundial seja acometida por dermatomicoses, doenças que apresentam um constante desafio pela frequência com que ocorrem, pelo caráter recorrente associado e por disseminarem-se rapidamente entre indivíduos sadios da população em geral. Areias de praias e de parques públicos se constituem em potencial fonte de perigo para a transmissão de micoses cutâneas aos seus usuários, quando expostas a excrementos e pelos de animais domésticos, principalmente de gatos e cães, além de escamas de pele e de unhas humanas. Aproximadamente 300g de areia foram coletados em 20 pontos estabelecidos em duas praias e em quatro parques públicos de Vitória, ES, durante as quatro estações do ano, totalizando 225 coletas. Alíquotas das amostras foram processadas em Placa de Petri usando-se cabelo humano estéril como “isca” e extrato de levedura como nutriente para o isolamento de fungos queratinolíticos. As placas foram incubadas à temperatura ambiente por até 30 dias, com inspeção visual diária. Quando observado crescimento fúngico, semeaduras destes foram feitas em ágar Sabouraud glicose com cloranfenicol e cicloheximida e incubadas à temperatura ambiente por 15 dias. A identificação foi baseada na observação das características macro e microscópicas dos fungos através de microcultivo feito em ágar Sabouraud glicose com cloranfenicol e cicloheximida e, quando necessário, houve complementação com provas bioquímicas e fisiológicas. A única espécie de fungo do grupo dermatófito que foi isolada foi Microsporum gypseum, detectada em areia de três pontos: dois de praças públicas e um de praia. A detecção foi mais frequente no inverno que no verão e mais associada a locais sombreados que expostos totalmente ao sol. A permanência do dermatófito M. gypseum persistiu por mais estações nos parques públicos que na praia. Concluiu-se que areia de praia e de praça pública pode ser potencialmente relacionada à aquisição de micose.

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Palavras-chave: DERMATÓFITOS, FUNGOS QUERATINOLÍTICOS, SOLO

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