25º Congresso Brasileiro de Microbiologia

25º Congresso Brasileiro de Microbiologia

ResumoID:2320-2

Área: Fermentação e Biotecnologia ( Divisão J )

HIDRÓLISE ENZIMÁTICA DO CAPIM BRACHIARIA DECUMBENS, VISANDO APLICAÇÃO EM NUTRIÇÃO ANIMAL

Rosangela Donizete Perpetua Buzon Pirota (UFSCar); Érika Barbosa Neves Graminha (Bellman); Roberta da Silva (Unesp/Ibilce); Eleni Gomes (Unesp/Ibilce)

Resumo

O material lignocelulósico consiste principalmente de três diferentes tipos de polímeros, isto é, celulose, hemicelulose e lignina, que são unidas entre si por ligações covalentes, formando uma rede complexa e resistente a ataques microbianos. Portanto, a hidrólise do material lignocelulósico vem a ser um importante passo voltado para a própria utilização do material vegetal aproveitável na natureza. Desse modo, o presente trabalho tem como objetivo avaliar a hidrólise enzimática do capim B. decumbens. A hidrólise enzimática foi realizada em mini-tubos de ensaio (50 mm X 30 mm) vedados com rolha de borracha. Foram utilizados 0,2g de capim e 3 mL de extrato enzimático bruto para envolver completamente a superfície do capim. O extrato enzimático bruto foi obtido por fermentação em estado sólido (FES) utilizando os fungos termofílicos Thermomyces lanuginosus (TO-03 e ROB) e Thermomucor indicae-seudaticae após 168 horas de cultivo. Os mini-tubos de ensaio foram mantidos em banho-maria a 40ºC, sob leve agitação e foram retiradas amostras nos tempos de 0 minuto (controle), 1, 3, 6 e 8 horas. Os mini-tubos de hidrólise foram enumerados de 1 a 3, consistindo em: 1) capim+água destilada (controle = tempo 0); 2) capim+solução enzimática bruta; 3) solução enzimática bruta. O capim não foi submetido a nenhum pré-tratamento, este foi apenas lavado com água corrente e seco a 50ºC. Os resultados mostraram que o pico de hidrólise obtido pelo fungo T. indicae-seudaticae ocorreu após 3h de reação (16, 35µM). Com relação às linhagens de T. lanuginosus TO-03 e ROB os picos de hidrólise foram em 6 (18,07µM) e 8h (11,15µM), respectivamente. A liberação de açúcar redutor pelo fungo T. lanuginosus ROB foi o menor quando comparado com o T. indicae-seudaticae e T. lanuginosus TO-03. A partir dos resultados citados acima pode se concluir que os extratos enzimáticos obtidos no presente trabalho podem aumentar a hidrólise total da fibra consumida pelos ruminantes, sem a necessidade de ser submetido a um pré-tratamento.

Palavras-chave: enzimas, fermentação em estado sólido, hidrólise enzimática, nutrição animal, ruminantes

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