25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:2112-1


Área: Fermentação e Biotecnologia ( Divisão J )

PERFIL DE PRODUÇÃO ENZIMÁTICA DO FUNGO THERMOASCUS AURANTIACUS CBMAI 756 E USO DAS ENZIMAS NA HIDRÓLISE DO BAGAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR

Thiago Okubo Procópio Pinto (IBILCE / UNESP); Ariane Priscila Movio (IBILCE / UNESP); Daniela Alonso Bocchini Martins (IBILCE / UNESP); Eleni Gomes (IBILCE / UNESP); Roberto da Silva (IBILCE / UNESP)

Resumo

O limitado número de reservas de combustíveis fósseis e a instabilidade no preço do petróleo provocaram uma crescente busca por fontes renováveis e novas tecnologias visando a autonomia energética. Neste contexto, os materiais lignocelulósicos vêm despertando grande interesse, pois são recursos renováveis com potencial para conversão em produtos de alto valor agregado, como o etanol. Em vista disso, a hidrólise enzimática de resíduos agrícolas tem sido amplamente estudada, pois promove a geração de açúcares fermentescíveis (glicose e xilose) que podem ser utilizados no processo de produção do álcool combustível. Neste trabalho, Thermoascus aurantiacus CBMAI 756 foi cultivado, por fermentação em estado sólido (FES), em bagaço de cana e farelo de trigo (1:1), a 50 oC, por 240 h, e o perfil de produção enzimática foi avaliado. Além disso, foi avaliada a aplicação do extrato enzimático bruto e concentrado na hidrólise do bagaço de cana-de-açúcar. O pico de produção de Xilanase e CMCase (194,04 e 26,74 U/mL, respectivamente) foi observado em 120h de cultivo. Neste extrato enzimático, foram ainda determinadas as seguintes atividades enzimáticas (U/mL): poligalacturonase 1,67; β-glicosidase 0,69; β-xilosidase 0,17; arabinofuranosidase 1,61 e FPase 0,50. A hidrólise enzimática foi conduzida em banho maria, a 60 °C, em pequenos tubos com rolha, contendo 0,1 g do bagaço, extrato enzimático (1, 2 ou 3 mL), adicionando-se tampão acetato (0,2M pH 5,0) para um volume final de 5,0 mL. Amostras do hidrolisado foram retiradas em 1, 2, 4 e 6 horas, para quantificação dos açúcares redutores. A liberação destes açúcares aumentou com o aumento do tempo de reação e do volume de extrato enzimático utilizado, atingindo um máximo de 0,97 mg/mL (7,25% de hidrólise do bagaço). O extrato enzimático bruto foi concentrado, por precipitação de proteínas com 75% de etanol. Aplicando-se o extrato concentrado, com uma quantidade de xilanase (3.600 U totais) 6 vezes maior do que a anteriormente usada, 10,64% do bagaço foi hidrolisado, gerando 1,42 mg/mL de açúcares redutores após 6 horas de reação. Os dados comprovam a capacidade hidrolítica do coquetel enzimático e indicam que a concentração do extrato aumenta a eficiência do processo, sugerindo trabalhos futuros para a compreensão das melhores condições de tempo de reação e relação enzima/substrato na hidrólise.

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