ESTUDO DA EFICÁCIA DO BENZOATO DE SÓDIO NA FORMULAÇÃO  PARACETAMOL 100 MG PRODUZIDO PELO LAFEPE

Nadja Sá (UFPE); Selma Vieira (LAFEPE); Lucas Melo (UFPE); Eulália Ximenes (UFPE)

As formulações líquidas são as mais passíveis de contaminação microbiana por possuírem um ingrediente fundamental para o crescimento microbiano: a água. A presença de microrganismos no produto pode acarretar a perda da função do princípio ativo, além de danos à saúde do paciente, por isso, os conservantes são utilizados.  Para assegurar a qualidade microbiológica do produto e mensurar a atividade antimicrobiana dos conservantes a indústria farmacêutica utiliza o teste de eficácia de conservantes ou também denominado Challange Test. Diante do exposto o objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia do benzoato de sódio utilizado como conservante na formulação oral líquida de paracetamol 100mg produzida pelo Laboratório Farmacêutico de Pernambuco – LAFEPE. Para este ensaio foi utilizada a metodologia descrita na Farmacopéia Portuguesa 8° edição e os seguintes microrganismos-teste: S. aureus ATCC 6538, E.coli ATCC 8739 e P. aeruginosa ATCC 9027 Aspergillus niger ATCC 16404 e Candida albicans ATCC 10231. Para avaliar a atividade do benzoato de sódio foi realizada uma contaminação do produto com concentrações conhecidas dos microrganismos e posterior enumeração das células viáveis, no início do experimento, após 6 e 24 horas, e após 7, 14 e 28 dias. Anteriormente a esta enumeração, alíquotas do produto foram diluídas com uma solução neutralizante da ação do benzoato de sódio cuja composição em g/L é a seguinte: Polissorbato 80 (30,0); lecitina de gema de ovo (3,0); peptona de carne ou caseína (1,0); cloreto de sódio (4,3); fosfato monopotássico (3,6); fosfato dissódico dihidratado (7,3); o pH foi aferido e ajustado para 7,0. Os resultados obtidos nas condições experimentais deste trabalho permitiram verificar a eficácia do benzoato de sódio desde as primeiras horas, não havendo crescimento microbiano ao longo dos 28 dias de experimento. A não recuperação de microrganismos mesmo após a neutralização do conservante provavelmente é devida à atividade antimicrobiana do principio ativo da formulação, o paracetamol.