25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1835-1


Área: Fermentação e Biotecnologia ( Divisão J )

O PAPEL DOS RAMNOLIPÍDIOS DE PSEUDOMONAS AERUGINOSA NA HIDROFOBICIDADE CELULAR.

Siddhartha Georges Valadares Almeida de Oliveira Costa (UNESP - IB); Marcia Nitschke (USP - IQ); Jonas Contiero (UNESP - IB)

Resumo

A habilidade de um microrganismo de se ligar a uma superfície e desenvolver biofilmes têm despertado o interesse de várias áreas, como medicina, indústria de alimentos e biorremediação. Vários fatores estão envolvidos na adesão celular em superfície, incluindo micro-topografia, rugosidade e carga da superfície, transporte de massa e hidrofobicidade celular dos microroganismos. Sendo assim, o presente estudo avaliou a ação dos ramnolipídios na hidrofobicidade celular de Pseudomonas aeruginosa, com o objetivo de se verificar como este composto pode auxiliar os processos de biodegradação e remediação de derivados de petróleo. Para tanto, o teste de “aderência bacteriana à hidrocarbonetos” (MATH) foi realizado com o isolado de P. aeruginosa L2-1 contra hexadecano. As células a serem testadas foram ressuspendidas em uma solução tampão e a densidade óptica (400 nm) foi ajustada. Células e hexadecano foram agitados vigorosamente por 1 minuto, ficando em repouso por 30 minutos para que ocorresse a separação entre a suspensão celular e o hexadecano. A hidrofobicidade celular foi mensurada como sendo a porcentagem de aderência bacteriana ao hexadecano. Ramnolipídio foi adicionado em diferentes concentrações nas suspensões celulares. A adição de ramnolipídios na solução causou um aumento na taxa de adesão celular ao hexadecano, tornando as células mais hidrofóbicas. A porcentagem de aderência ao hexadecano sem a adição de ramnolipídios foi de 21,2%. Com a adição de ramnolipídios em uma concentração de 10 mg/L a aderência aumentou para 65,9%, com o uso de 50 mg/L para 76,2% e com 100 mg/L para 83,4%. É conhecido que a presença de lipopolissacarídios (LPS) de membrana torna a superfície celular mais hidrofílica e que a sua perda a torna mais hidrofóbica. Sendo assim, o aumento na hidrofobicidade celular está associado com a perda de LPS de membrana, uma vez que o ramnolipídio causa a remoção direta do LPS por solubilização. Portanto, os ramnolipídios podem atuar na degradação de compostos hidrofóbicos de duas maneiras: solubilizando compostos hidrofóbicos, devido à formação de micelas, o que causa um aumento na solubilidade do composto orgânico e sua disponibilidade para célula, ou então, causando alterações na superfície celular, tornando-a mais hidrofóbica, aumentando assim o contato direto entre a célula e o substrato.

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