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A mastite é responsável pelas maiores perdas econômicas no setor leiteiro brasileiro, sendo o Streptococcus uberis um importante causador dessa enfermidade. Atualmente, o papel dos fatores de virulência desse agente na interação com o hospedeiro vem sendo alvo de pesquisas, no intuito do desenvolvimento de novas estratégias de controle da mastite bovina. Tendo em vista a crescente importância do S. uberis na cadeia produtiva do leite no Brasil, buscou-se verificar a presença dos fatores de virulência PauA e SUAM. 68 amostras de S. uberis provenientes de diversos rebanhos da região sul de Minas Gerais, previamente isoladas e caracterizadas bioquimicamente, foram analisadas através da técnica de PCR (Polymerase Chain Reaction). Pesquisou-se a presença do espaço intergênico 16S-23S rDNA para a confirmação da espécie, do gene pauA, que codifica a proteína PauA, e do gene sua, que codifica a molécula de adesão SUAM. A visualização dos genes amplificados foi feita através de eletroforese em gel de agarose a 1%, corado com Brometo de etídeo. Das 68 amostras analisadas, apenas 28 (41,18%) foram confirmadas como sendo S. uberis. Para o gene pauA, que codifica a proteína extracelular PauA, que atua na colonização da glândula mamária em lactação, 22 (78,57%) foram positivas. Já para o gene sua, responsável pela codificação de SUAM, uma molécula de adesão facilitadora da internalização da bactéria nas células epiteliais, 19 (67,86%) das amostras foram positivas. Uma vez detectados os fatores de virulência PauA e SUAM nas amostras estudadas, e tendo em vista a função deles na patogênese da enfermidade , destaca-se a necessidade de mais estudos acerca de seus mecanismos de ação; e ainda, considerando-se a crescente importância do S. uberis na etiologia da mastite bovina, dado o aumento nas exigências em relação à qualidade do leite, reafirmamos a importância da inclusão de medidas preventivas voltadas para os agentes ambientais no manejo do rebanho leiteiro brasileiro.