IDENTIFICAÇÃO DE ESPÉCIES DE MALASSEZIA SPP. CAUSADORAS DE PITIRÍASE VERSICOLOR

Egberto Santos Carmo (UFPB); Lizandro Leite Brito (UFPB); Edeltrudes de Oliveira Lima (UFPB); Carla Wanderley Gayoso (UFPB); Ana Carolina Pessoa Moreira (UFPB)

Introdução: A pitiríase versicolor é uma micose superficial causada por leveduras do gênero Malassezia. São conhecidas atualmente 13 espécies de Malassezia, dentre elas: M. furfur, M. sympodialis, M. globosa e M. japonica. Esta patologia acomete geralmente indivíduos jovens e é caracterizada pelo aparecimento de lesões maculosas e descamativas de coloração variável, que se distribuem com maior freqüência nos braços, tronco e região da cintura escapular e que podem produzir pruridos ou não. O diagnóstico da pitiríase versicolor consiste na presença de leveduras, geralmente acompanhadas de hifas curtas ao exame direto, bem como crescimento em meios de cultura de natureza enriquecidos com lipídios. Portanto, este trabalho objetivou identificar quais as espécies mais freqüentes de Malassezia isoladas no laboratório de micologia clínica da UFPB. Materiais e Métodos: Para tanto foram realizados exames micológicos de 71 pacientes que procuraram o laboratório no período de Setembro de 2008 à Julho de 2009. Dentre estes: exames direto com hidróxido de potássio e tinta parker (2:1), culturas em meio de bile de boi enriquecido com óleo de oliva, além de provas morfológicas, bioquímicas e de assimilação de tweens. Resultados e Discussão: Dos 71 pacientes atendidos 22 amostras tiveram culturas positivas para Malassezia, das quais foram identificadas as seguintes espécies: M. sympodialis (54,54%), M. furfur (27,27%), M. japonica (4,54%), M. globosa (4,54%), M. obtusa (4,54%) e M. sloofiae (4,54%). Baseado nestes dados pode-se afirmar que a Malassezia sympodialis é a espécie mais comumente associada a casos de pitiríase versicolor, nesta população estudada.  Conclusão: Pode-se concluir que este tipo de identificação é importante, uma vez que é pouco adotada na rotina laboratorial, e, ainda, possibilita melhor orientação na escolha da terapia antifúngica específica para cada microrganismo.