25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1377-1


Área: Microbiologia de Alimentos ( Divisão K )

INATIVAÇÃO DE ASCÓSPOROS DE BYSSOCHLAMYS FULVA POR SANIFICANTE À BASE DE ÁCIDO PERACÉTICO਀

Anderson de Souza Sant'ana (USP); Amauri Rosenthal (EMBRAPA); Pilar Rodriguez de Massaguer (UNICAMP)

Resumo

Byssoclhamys spp produzem ascósporos que são resistentes ao calor e sanificantes. Compostos clorados são amplamente usados na higienização dos equipamentos de processamento de sucos de frutas, todavia, compostos à base de ácido peracético tem potencial aplicação, pois agem mesmo na presença de material orgânico e não formam resíduos tóxicos. Neste estudo, avaliou-se a inativação de ascósporos de B.fulva por um sanificante à base de ácido peracético. O teste tem como objetivo verificar a eficiência do sanificante que será usado na higienização de um equipamento piloto de processamento asséptico, no qual suco de maça inoculado com ascósporos de B.fulva será processado. Os ascósporos de B.fulva IOC 4518 (1,07x107UFC/mL) foram preparados após crescimento em ágar extrato de malte (MEA) contido em garrafas de Roux (300C/30 dias), lavagem, centrifugação e padronização da concentração de ascósporos. Para realização dos experimentos, 1mL da suspensão de ascósporos foi inoculada em 9mL em tubos de ensaio contendo a solução sanificante recém preparada e estabilizada à 400C (temperatura recomendada para aplicação). O conteúdo foi homogenizado e mantido em banho-maria (400C). Concentrações do sanificante (Divosan - JohnsonDiversey) e tempo de contato foram: 1%/15min, 1%/30min, 1,3%/15min e 1,5%/15min. A neutralização do princípio ativo do ácido peracético foi feita em solução estéril de tiossulfato de sódio 0,1N por 2min. Para ativação dos ascósporos, os tubos de ensaio expostos ao sanificante foram mantidos à 750C/5min, incluindo o tempo de lag. Diluições decimais foram preparadas em água peptona 0,1% e a contagem de sobreviventes foi feita em MEA (300C/10 dias). O controle consistiu na substituição do sanificante por água destilada estéril. Os resultados foram expressos em termos de reduções decimais. Os tratamentos 1%/15min, 1%/30min, 1,3%/15min e 1,5%/15min, resultaram em 0,63+/-0,05; 4,47+/-0,12; 5,37+/-1,4 e >6,37 reduções decimais de ascósporos de B.fulva, respectivamente. Considerando que sucos de frutas possuem contaminação por estes microrganismos não maior que 10 ascósporos/100mL, para sanificação do equipamento piloto, o tratamento 1%/15min foi o escolhido, já que assegura >4 reduções decimais de B.fulva.