25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1116-1


Área: Fermentação e Biotecnologia ( Divisão J )

POTENCIAL BIOTECNOLÓGICO DE SERINO-PROTEASES EXTRACELULARES DO FUNGO SCYTALIDIUM THERMOPHILUM

Tatiane Beltramini (USP); Luis Henrique S. Guimarães (USP); Maria de Lourdes T.m. Polizeli (USP); Héctor Francisco Terenzi (USP); João Atilio Jorge (USP)

Resumo

Proteases são enzimas que hidrolisam ligações peptídicas a peptídeos e aminoácidos, possuem inúmeras aplicações industriais e são as enzimas mais comercializadas no mundo. Scytalidium thermophilum é um fungo filamentoso termofilico que produz ótimas quantidades de proteases. A utilidade das proteases na industria é dependente  de  termoestabilidade e de resistência a uma ampla variedade de pHs. Além disso, para aplicação de proteases na indústria de sabões estas precisam ainda ser estáveis frente a surfactantes, oxidantes, desnaturastes e compatíveis com os sabões existentes atualmente no mercado. Neste trabalho foi verificado o potencial para  a aplicação das proteases produzidas por S.thermophilum na indústria de sabões. Testes de atividade foram feitos utilizando azocaseína como substrato. Zimogramas revelaram a existência de três proteases no filtrado bruto da cultura.  Para a produção de proteases o microrganismo foi crescido em meio liquido por 96 horas com 1,5% de glicose como fonte de carbono a 40ºC e com agitação de 100 rpm. A glicose pode ser substituída por bagaço de cana ou palha de arroz a 1%. A atividade proteolítica foi máxima no pH 8.0 e a 50 ºC. Entretanto, a atividade proteolítica é cerca de  80% da máxima na faixa de pH 7 a 10. As proteases extracelulares conservaram 100% de suas atividades quando incubadas em água a 50 ºC e apresentaram uma meia vida de 22 min a 55 ºC, mostrando-se bastante termoestáveis. As enzimas foram estáveis a uma faixa de pH que se estendeu de 3.0 a 12.5 e conservaram 100% de suas atividades por cerca de 6h a pHs extremos de 3.0 e 11.0. Estudos com inibidores revelaram a presença de serino-proteases, com uma inibição por PMSF nas concentrações de 1 mM e 5 mM de 41% e 77%, respectivamente. As proteases se mantiveram resistentes frente a surfactantes como Tween 20, Tween 80 e Triton X 100 na concentração de 0,03%. Quando submetidas aos mesmos surfactantes na concentração 0,05% por um período de 30 min conservaram 96%, 94% e 93% de suas atividades, respectivamente. Frente ao oxidante H2O2 as proteases produzidas por S. thermophilum também se mostraram resistentes conservando 90% de suas atividades mediante a uma concentração de 0,05% por um período de 30 min. Experimentos variando a concentração do agente desnaturante uréia (1 a 200 mM) mostraram que as enzimas foram resistentes por até 1h de exposição. Cálcio, magnésio, sódio, amônio e bário ativaram de 1,8 a 3 vezes a atividade proteolítica de S. thermophilum. Estudos iniciais da composição dos sabões comercializados mostraram compatibilidade das propriedades da atividade proteolítica do filtrado de Scytalidium  com a formulação dos mesmos. Os resultados presentes neste estudo permitem concluir que as serino-proteases aqui relatadas podem ser utilizadas pela indústria de sabões por possuírem características compatíveis a esta aplicação.

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