ESPECTRO DE AÇÃO ANTIFÚNGICA DO ÓLEO ESSENCIAL DE HYPTIS SUAVEOLENS (L) POIT. NO CRESCIMENTO E MORFOLOGIA DE ASPERGILLUS FLAVUS

Ana Carolina Pessoa Moreira (UFPB); Egberto Santos Carmo (UFPB); Paulo Alves Wanderley (UFPB); Evandro Leite de Souza (UFPB); Edeltrudes de Oliveira Lima (UFPB)

Introdução: Os Aspergillus são fungos sapróbios com ampla distribuição na natureza, mas que de forma oportunista podem provocar inúmeras formas de aspergiloses, que variam desde infecções superficiais até sistêmicas. O tratamento destas infecções é sempre complicado, pois além dos antifúngicos apresentarem algum tipo de efeito adverso, a resistência a estes vem aumentando. Material e métodos: Este estudo avaliou a efetividade do óleo essencial de Hyptis suaveolens em inibir a cepa de A. flavus LM 257. Os ensaios antimicrobianos incluíram a avaliação da morfogênese de A. flavus LM 257, no meio ágar Sabouraud dextrose adicionado de diferentes concentrações do óleo essencial de H. suaveolens, bem como determinação da concentração inibitória mínima (CIM) por macrodiluição com/sem sorbitol, este método se baseia no dano que determinados antifúngicos produz aos componentes da parede celular fúngicas e que provoca a lise das células na ausência de um osmoprotetor, mas permiti seu crescimento sem um estabilizador osmótico presente. Resultados e discussão: Nas concentrações, 10 e 20 µL/mL, foram observadas alterações morfológicas como diminuição da conidiação, vazamento de conteúdo citoplasmático, perca de pigmentação e rompimento da estrutura celular sugerindo degeneração da parede celular. A CIM na presença do sorbitol aumentou de 40 µL/mL para 80 µL/mL. Estes resultados mostraram o intenso potencial antifúngico do óleo essencial de Hyptis suaveolens, os quais poderiam ser considerados em um uso racional em formulações farmacêuticas utilizadas para a terapia de algumas micoses, particularmente, aquelas causadas por fungos filamentosos. Conclusão:  Por fim a ação do óleo essencial de H. suaveolens sobre fungos do gênero Aspergillus  possivelmente é por inibição da parede celular fúngica.