25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:862-1


Área: Ecologia Microbiana ( Divisão I )

NOVAS ESTRATÉGIAS DE CULTIVO DE MICRO-ORGANISMOS ASSOCIADOS À ESPONJA MARINHA APLYSINA FULVA

Adriana Canabrava de Andrade (UFRJ); Raquel Silva Peixoto (UFRJ); Sueli de Faria Paim (UFRJ); Alexandre Soares Rosado (UFRJ)

Resumo

Diversos grupos de pesquisa vêm se dedicando a desenvolver métodos de cultivo para isolar diferentes grupos microbianos ainda não cultivados e que, muitas vezes já foram descritos através do uso de métodos moleculares. Um exemplo é o grupo conhecido como "Poribacteria", que é um candidato a novo filo bacteriano e que já foi detectado através do uso de métodos moleculares, não tendo sido obtido, até o momento, nenhum isolado desse grupo. Os representantes de "Poribacteria" aparentemente crescem apenas associados, ou são ao menos enriquecidos pela presença de esponjas. Nosso grupo de pesquisa detectou uma grande diversidade de OTUs relacionadas ao candidato a filo "Poribacteria" em amostras da esponja Aplysinia fulva coletadas em Búzios, Rio de Janeiro, Brasil. Ainda assim, até o momento não foram isolados representantes desse grupo nessa ou em qualquer outra espécie de esponja através da utilização de meios de cultura disponíveis na literatura. Esse trabalho tem como objetivo principal desenvolver e avaliar diferentes estratégias de cultivo de micro-organismos endossimbiontes da esponja marinha A. fulva, e comparar essa diversidade cultivada com a diversidade detectada através da utilização de meio de cultura comercial (meio marine Agar) e através dos métodos moleculares. Amostras de A. fulva foram coletadas na Praia da Tartaruga, Armação de Búzios, RJ, Brasil. Para comparar a diversidade bacteriana em diferentes meios de cultura, 3 amostras foram processadas, diluídas, e em seguida inoculadas em placas de Petri contendo 4 diferentes meios de cultura, sendo eles: extrato de esponja tratado com N2(líq) (A); extrato de esponja tratado com N2(líq) mais sais mineirais (B); Marine Agar (C) e extrato de esponja não tratado com N2(líq) (D). As placas foram incubadas à temperatura ambiente e as colônias foram contadas após 3, 5 e 10 dias. As contagens indicaram um maior número e diversidade de colônias no meio C (em torno de 104 cel/g de esponja e 41 diferentes morfotipos) seguido de 102 cel/g de esponja e 10 diferentes morfotipos no meio B e 101 cel/g de esponja e 5 diferentes morfotipos no meio D. O meio A não apresentou nenhum crescimento. Pode ser observado também que as colônias isoladas no meio B levam um tempo maior para crescer (aproximadamente 10 dias) com relação ao meio C (aproximadamente 3 dias). Algumas colônias foram selecionadas e isoladas e delas foi feita a extração de DNA pelo método da guanidina seguida da amplificação do gene rrs através da técnica de PCR. O sequenciamento de DNA dos isolados está sendo concluído no momento e os resultados obtidos irão fornecer dados importantes sobre a diversidade de bactérias cultiváveis associadas à esponja A. fulva. Além disso, esperamos obter representantes de espécies já detectadas através dos métodos moleculares mais ainda não isoladas.

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