ATIVIDADE IN VITRO DE EXTRATO ETANÓLICO DE PRÓPOLIS SOBRE STAPHYLOCOCCUS AUREUS ISOLADOS DA MASTITE BOVINA

Henrique Freitas Santana (UFV); Ana Andréa Teixeira de Carvalho (UFV); Hilário Cuquetto Mantovani (UFV)

<i>Staphylococcus<i> <i>aureus<i> é um dos principais agente etiológicos da mastite bovina, podendo comprometer a produção de leite e a qualidade microbiológica de produtos lácteos. Devido aos desafios no controle de infecções estafilocócicas em humanos e animais, novas estratégias de controle têm sido propostas. Neste trabalho avaliou-se o efeito de extratos etanólicos de própolis (EEP) sobre estirpes de <i>S. <i> <i>aureus<i> (n=3) isolados de animais diagnosticados com mastite bovina. EEP em concentrações de 0,05 a 1 mg/mL diminuiu (&ge; 58 %) a velocidade específica de crescimento e aumentou (&ge; 100 %) a duração da fase lag dos isolados testados. A fim de verificar o efeito do EEP sobre a viabilidade celular de <i>S. <i> <i>aureus<i>, as estirpes 2979 e 4118 foram inoculadas em tubos contendo tampão fosfato ou leite, com a adição de concentrações crescentes de EEP. Os resultados indicaram que a própolis possui efeito bactericida contra <i>S. <i> <i>aureus<i>, tanto em tampão fosfato (1 mg/mL) quanto em leite (20 mg/mL). Culturas de <i>S. <i> <i>aureus<i> que foram expostas por aproximadamente 60 gerações a doses subletais (0,25 e 0,5 mg/mL) do EEP não apresentaram fenótipo de resistência à própolis. A análise das culturas por meio de microscopia de força atômica revelou alterações morfológicas nas células de <i>S. <i> <i>aureus<i> incubadas por 4 h em tampão fosfato na presença de 0,5 mg/mL de EEP. As células tratadas com própolis apresentaram perda do arranjo característico e alterações na superfície celular, quando comparadas aos tratamentos controles. Estes resultados indicam que a própolis possui potencial para ser utilizada no controle de infecções estafilocócicas em bovinos leiteiros.