25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:675-2


Área: Ecologia Microbiana ( Divisão I )

DIVERSIDADE DE BACTÉRIAS DEGRADADORAS DO HERBICIDA 2,4-D EM SOLOS AGRÍCOLAS.

Ida Carolina Neves Direito (UFRJ); Diego de Almeida da Rocha (UFRJ); Bernardo Barroso Abbês (UFRJ); Leda Cristina Santana Mendonça-hagler (UFRJ); Andrew Macrae (UFRJ)

Resumo

O ácido 2,4-diclorofenoxiacético (2,4-D) é um dos principais herbicidas utilizados no Brasil. A biodegradação do 2,4-D pode ser realizada por microrganismos do solo como Ralstonia eutropha JMP134, mas outros gêneros de bactérias também são conhecidos como degradadores do 2,4-D. O objetivo desse trabalho foi analisar a diversidade de bactérias degradadoras do 2,4-D em solos agrícolas. Foram utilizadas amostras de solo oriundas de três propriedades: i) sob cultivo orgânico (sem histórico de uso de agrotóxicos), ii) sem aplicação 2,4-D e uso de agrotóxicos, e iii) com histórico de aplicação do 2,4-D. Foi realizada a bioprospecção das bactérias degradadoras do 2,4-D utilizando um meio seletivo e um meio diferencial. Os isolados foram identificados e analisados filogeneticamente usando fragmentos do gene 16S rDNA. Os três solos apresentaram representantes de bactérias gram-positivas de baixo GC, bactérias gram-positivas com alto GC e proteobacterias. Foram identificados os gêneros: Bacillus, Paenibacillus, Rhodococcus, Nocardia, Arthrobacter, Brevibacterium, Streptomyces, Brachybacterium, Microbacterium, Ochrobactrum, Brevundimonas, Pseudomonas, Achromobacter e Tetrathiobacter. Não foi observada padronização na distribuição dos isolados quanto ao manejo empregado nos solos. Deve ser ressaltada a participação dos gêneros Bacillus, Microbacterium e Ochrobactrum pelo número de isolados pertencentes a estes gêneros. O maior número de isolados do gênero Bacillus são estirpes de Bacillus thuringienses, amplamente conhecida por sua aplicação em controle biológico e degradação de pesticidas como malation. Os gêneros Microbacterium e Ochrobacterium são citados como biodegradadores, mas não são relatados como degradadores de 2,4-D. Outros aspectos a serem enfatizados são a similaridade de alguns isolados com seqüências de microrganismos não cultiváveis e o fato dos isolados DF07, MG05 e MG07 poderem ser novas espécies bacterianas com potencial biotecnológico para degradação de 2,4-D. Concluímos que a atividade de degradação do herbicida 2,4-D está presente em diversas espécies bacterianas e sob diferentes sistemas agrícolas em regiões distintas. Nossos dados corroboram para a idéia de que todos os mecanismos estão presentes em todos os locais, sendo responsabilidade da pressão seletiva do meio ambiente a expressão desses mecanismos.

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