25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:543-1


Área: Patogenicidade Microbiana ( Divisão D )

INTERAÇÃO DE BACTEROIDES FRAGILIS COM OS COMPONENTES DO SISTEMA FIBRINOLÍTICO

Eliane Ferreira (IMPPG); Joyce Carvalho (IMPPG); Rafael Peixoto (IMPPG); Leandro Lobo (School of Medicine); Russolina Zingali (BqM); Charles Smith (School of Medicine); Edson Rocha (School of Medicine); Regina Domingues (IMPPG)

Resumo

Bacteroides fragilis é uma bastonete Gram negativo, anaeróbio estrito, que representa apenas 1% do total de Bacteroides encontrados no trato gastrointestinal. Apesar de ser um componentes minoritário da microbiota intestinal ele é a bactéria mais frequentemente isolada de processos infecciosos, principalmente de pacientes com infecções intra-abdominais e bacteriemias. Diversoss fatores de virulência já foram descritos para este micro-organismo, tais como, proteases, enterotoxinas, cápsula e o LPS, mas o seu envolvimento na patogenicidade está inda pouco elucidado. Recentemente, uma proteína putativa para o reconhecimento de plasminogênio (Plg) foi identificada em B. fragilis, a Bfp60, sendo sugerido que esta propriedade possa de certa forma contribuir para a virulência da espécie. O Plg é uma glicoproteína que pode ser convertida a plasmina por ativadores fisiológicos, porém a sua ativação indiscriminada pode causar danos teciduais e, por esta razão seu recrutamento e ativação devem ser bem controlados. Diversas bactérias patogênicas expressam receptores e ativadores de de superfície que podem reconhecer ou ativar o Plg, tornando uma bactéria proteolítica e capaz de degradar diversos substratos, tais como os componentes da matriz extracelular (MEC). Anteriormente, nosso grupo descreveu a capacidade de cepas de B. fragilis aderirem a Laminina-1 (LMN-1) com alta finidade. Também foi demosntrado que as moléculas envolvidas neste reconhecimento eram glicoproteínas presentes nos extratos das proteínas de membrana externa (OMPs). Desta forma, o objetivo deste trabalho foi o de isolar, clonar, expressar e posteriormente caracterizar essa adesina presente na superfície de B. fragilis. O extrato de OMPs da cepa MC-2 foi passado por uma coluna de afinidade contendo LMN-1 e a última eluição aplicada em um gel de SDS-PAGE para verificarmos a sua pureza. Após o sequenciamento dessa proteína, uma comparação com o genoma da espécie depositado no banco de dados EMBL/GenBank (AJ786264) foi feita. Após a extração do DNA, a presença do gene bfp60 foi confirmada e o mesmo foi clonado no vetor pET26b+ nos sítios das enzimas de restrição restrição XhoI/NdeI para expressão de uma proteína recombinante adesina-His-tag (Ads-6xHis). Nossos resultados demonstram que a proteína de ligação a LMN-1 tem alta similaridade com a Bfp60. Também foi verificado que a Bfp60 reconhece e se liga a LMN-1 e que tanto a bactéria quanto a proteína recombinante são capazes de ativar o Plg a Plamina em ensaios in vitro. Pelo Western-blotting também foi demonstrado que após a incubação da bactéria com Plg este é convertido a plasmina e degrada componetes da MEC. Mutantes para a Bfp60 estão sendo contruídos a partir da técnica conjugação tri-parental para que possamos entender o papel dessa proteína na patogenicidade da espécie.਀ Apoio financeiro: CNPq, Faperj, Pronex-Faperj, CAPES਀㰀⼀昀漀渀琀㸀㰀⼀瀀㸀㰀戀爀㸀㰀戀㸀倀愀氀愀瘀爀愀猀ⴀ挀栀愀瘀攀㨀 㰀⼀戀㸀☀渀戀猀瀀㬀䈀愀挀琀攀爀漀椀搀攀猀 昀爀愀最椀氀椀猀Ⰰ 匀椀猀琀攀洀愀 昀椀戀爀椀渀漀氀琀椀挀漀Ⰰ 椀渀琀攀爀愀漀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀