ATIVIDADE ANTIMICROBIANA ATIVADA POR LUZ DE EXTRATOS VEGETAIS

Suellen Maria Pinto de Menezes Silva (UFPB); Henrique Douglas Melo Coutinho (URCA); Raimundo Nonato da Silva Filho (UFPB); José Pinto de Siqueira Júnior (UFPB)

Inúmeros produtos naturais de origem vegetal são compostos fotoativos, de modo que tem sido ressaltada, implícita ou explicitamente, a importância da avaliação da capacidade fotossensibilizante de extratos vegetais usados na medicina popular ou com potencial terapêutico. Os extratos etanólicos das hortaliças não convencionais folhas de cenoura (Daucus carota) e de quiabo (Abelmoschus esculentus) foram avaliados quanto a atividade antimicrobiana mediada por luz contra as linhagens ATCC6538 de Staphylococcus aureus e ATCC8539 de Escherichia coli. A metodologia empregada foi a da difusão em meio de cultura solidificado, usando-se discos de papel filtro impregnado com o produto natural (10mg/mL). Antes da incubação (24 horas, 37°C), as placas de Petri foram expostas abertas à UVA (~365 nm) (dose 36 KJ/m²; fluência 5 W/m²). Após incubação foram medidos os halos de inibição do crescimento bacteriano. Os ensaios foram feitos em duplicatas, sendo que em uma das réplicas não houve exposição prévia a UVA. Como controle positivo da atividade antimicrobiana ativada por luz, foram utilizados discos impregnados com o agente fotossensibilizante 8-metoxipsoraleno (10mg/ml). O extrato etanólico de folhas de quiabo mostrou atividade fototóxica contra ambas as bactérias usadas e o de folhas de cenoura apenas contra S. aureus. Resultados interessantes já tinham sido obtidos com extratos etanólicos de Hyptis martiusii e Eugenia jambolana, de modo que os resultados agora obtidos corroboram a importância da avaliação da atividade antimicrobiana mediada por luz de produtos naturais de origem vegetal, principalmente daqueles já de uso tópico na medicina popular ou daqueles com potencial terapêutico, além de um melhor entendimento das propriedades fotobiológicas de tais produtos e seus fitoconstituintes.