PERFIL MICROBIOLÓGICO DE ENTEROBACTÉRIAS ISOLADAS DA SALIVA DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE ATUANTES NOS SETORES DE CURATIVO, TERAPIA INTENSIVA E DEPARTAMENTO DE ESTERELIZAÇÃO E HIGIENIZAÇÃO DE UM HOSPITAL ONCOLÓGICO.

Ana Beatriz Mori Lima (IPTSP); Marinésia Aparecida Prado-palos (FEN-UFG); Dayane de Melo Costa (FEN-UFG); Larissa Oliveira Rocha (FEN-UFG); Lorena Cristina Santos (IPTSP); Fabiana Cristina Pimenta (IPTSP); Lara Stefânia Netto de Oliveira Leão (IPTSP)

A PERMANÊNCIA NO HOSPITAL E O CONTATO COM OS PACIENTES, ASSOCIADOS À FALTA DE ADESÃO ÀS MEDIDAS DE PRECAUÇÃO PADRÃO , TORNAM OS PROFISSIONAIS DA SAÚDE ESPECIALMENTE SUSCETÍVEIS À COLONIZAÇÃO POR PATÓGENOS, COMO OS BASTONETES GRAM-NEGATIVOS (BGN). O FATO AGRAVA-SE AINDA MAIS QUANDO ESTES MICRORGANISMOS DESENVOLVEM RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS. PESQUISAS SOBRE A COLONIZAÇÃO OROFARÍNGEA DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE POR BGN SÃO ESCASSAS E A IDENTIFICAÇÃO DOS PORTADORES REPRESENTA UMA IMPORTANTE MEDIDA DE PREVENÇÃO DAS INFECÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS EM SAÚDE (IACS). DESTA FORMA, ESTE ESTUDO TEVE O OBJETIVO DE IDENTIFICAR E AVALIAR O PERFIL DE SUSCETIBILIDADE DE ENTEROBACTÉRIAS ISOLADAS DA SALIVA DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE DE UM HOSPITAL ONCOLÓGICO DA REGIÃO CENTRO-OESTE. DURANTE O PERÍODO DE MAIO A JULHO DE 2009 FOI COLETADA A SALIVA DE 44 PROFISSIONAIS ATUANTES NOS SETORES DE CURATIVO, TERAPIA INTENSIVA E DEPARTAMENTO DE ESTERELIZAÇÃO E HIGIENIZAÇÃO DA REFERIDA INSTITUIÇÃO. AS AMOSTRAS COLETADAS FORAM SEMEADAS EM ÁGAR MACCONKEY E AS COLÔNIAS DESENVOLVIDAS IDENTIFICADAS POR PROVAS BIOQUÍMICAS PADRONIZADAS. POSTERIORMENTE, OS MICRORGANISMOS ISOLADOS FORAM SUBMETIDOS AO TESTE DE SUSCETIBILIDADE PELO MÉTODO DE DISCO-DIFUSÃO. DOS 44 PROFISSIONAIS PARTICIPANTES, 10 (22,7%) FORAM IDENTIFICADOS COMO PORTADORES DE ENTEROBACTÉRIAS NA SALIVA, SENDO QUE 2 (4,5%) ESTAVAM COLONIZADOS POR DUAS ESPÉCIES. UM TOTAL DE 11 ENTEROBACTÉRIAS FORAM ISOLADAS, SENDO O GÊNERO Enterobacter spp. (54,5%) O MAIS FREQUENTE. TAMBÉM FORAM ISOLADAS 2 (18,1%) Klebsiella oxytoca E 1 (9,0%) Escherichia coli. A MAIOR TAXA DE RESISTÊNCIA FOI OBSERVADA PARA CEFOXITINA (72,7%), SEGUIDA POR AMOXACILINA-ÁCIDO CLAVULÂNICO (54,5%). OBSERVOU-SE AINDA QUE 5 Enterobacter spp. E A E. coli FORAM RESISTENTES À CEFOXITINA, SUGERINDO FENÓTIPO POSITIVO PARA PRODUÇÃO DE BETA-LACTAMASE DO TIPO AMPC. OS RESULTADOS EVIDENCIAM UM ELEVADA TAXA DE PROFISSIONAIS PORTADORES OROFARÍNGEOS DE ENTEROBACTÉRIAS RESISTENTES, INCLUINDO CEPAS PRODUTORAS DE BETA-LACTAMASES. ESTE FATO É DE GRANDE RELEVÂNCIA, POIS PROFISSIONAIS COLONIZADOS ASSUMEM A CONDIÇÃO DE DISSEMINADORES DESTES AGENTES NO AMBIENTE HOSPITALAR. PORTANTO, É NECESSÁRIO QUE ESTUDOS NESTA ÁREA SEJAM DESENVOLVIDOS A FIM DE SE ESTABELECER ESTRATÉGIAS MAIS EFICIENTES DE CONTROLE DA TRANSMISÃO CRUZADA DE MICRORGANISMOS E, CONSEQUENTEMENTE, DAS IACS.