25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:410-2


Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A )

ATIVIDADE ESPOROCIDA DE DESINFETANTES UTILIZADOS NA ROTINA HOSPITALAR NA ELIMINAÇÃO DE FORMAS ESPORULADAS DE CLOSTRIDIUM DIFFICILE

Felipe Lopes Teixeira (UFRJ); Ilana Teruszkin Balassiano (UFRJ); Márcia Pinto Barros Oliveira (INFECTO consultoria); Catarina Ramos (SCIH); Eliane de Oliveira Ferreira (UFRJ); Regina Maria Cavalcanti Pilotto Domingues (UFRJ)

Resumo

Clostridium difficile é um bastonete Gram positivo, anaeróbio estrito e formador de esporos. É considerado o principal responsável pelos casos de colite pseudomembranosa e diarréia nosocomial associada ao uso de antimicrobianos. Pacientes com diarréia associada ao C. difficile (CDAD) excretam em suas fezes uma grande quantidade não apenas de células vegetativas, mas também de esporos de C. difficile. Isso leva à contaminação do meio ao seu redor, o que torna o ambiente hospitalar um dos mais importantes reservatórios e áreas de transmissão de esporos de C. difficile. Devido à sua maior resistência a condições adversas, os esporos podem persistir no ambiente hospitalar por períodos muito mais longos do que sua forma vegetativa. Como a maioria dos casos de infecção por C. difficile ocorrem durante ou após a hospitalização, vê-se necessária a determinação de agentes que sejam capazes de eliminar esses esporos presentes no ambiente de uma forma eficaz. Portanto, o objetivo desse estudo é avaliar a atividade esporocida de desinfetantes normalmente utilizados em ambientes hospitalares, determinando sua eficiência contra esporos de C. difficile. Para isso, foi utilizada a cepa Amb 3 de C. difficile, isolada de cuba de expurgo de hospital terciário privado, e o desinfetante Virkon®, comumente usado na rotina hospitalar. Os esporos foram obtidos através da incubação de células viáveis de Amb 3 em ágar BHI por 5-7 dias para induzir a esporulação, com posterior suspensão do crescimento e inativação de células vegetativas por choque térmico. Para confirmar a obtenção de esporos, a suspensão final foi inoculada em ágar BHI com taurocolato de sódio para germinação dos mesmos e contagem de unidades formadoras de colônias/mL (UFC/mL) para determinar a concentração desta suspensão. Para avaliar a atividade esporocida, o desinfetante foi adicionado à suspensão de esporos, reagindo durante períodos de tempo pré estabelecidos, e removido em seguida. Diferentes diluições da suspensão foram semeadas em ágar BHI com taurocolato de sódio para determinação de UFC/mL. Foi observado que, independente do tempo de ação ou concentração do Virkon®, houve uma redução de 10 vezes na germinação dos esporos, comprovando a eficiência da ação esporocida desse desinfetante. Com isso, outros agentes desinfetantes muito utilizados, como o hipoclorito, o álcool a 70% e a clorexidina, também serão testados para verificar se possuem uma atividade esporocida eficiente.

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