COLETA E ISOLAMENTO MICELIAL DE COGUMELOS DA AMAZÔNIA

Francisco Luiz da Silva-neto (UFAM); Hugo Willian Oliveira de Sá (UFAM); Jéssica Souto Fernandes (UFAM); Roberta Cunha de Oliveira (UFAM); Rozana de Medeiros Souza-galvão (UFAM); Cristina Sayuri Maki (UFAM)

A diversidade de basidiomicetos silvestres de regiões tropicais, especialmente de clima úmido, é expressiva, porém, muito pouco é conhecido sobre as espécies que a compõem. Na Amazônia, as matas tropicais constituem fonte riquíssima de espécies ainda desconhecidas e que provavelmente, albergam qualidades de interesse a serem investigadas em várias áreas de atuação. Tendo em vista a oportunidade de iniciar um estudo sobre esses fungos, foi objetivo desse trabalho, relatar as técnicas de coleta, transporte e isolamento, visando estudos futuros acerca dos potenciais desses microrganismos. Inicialmente, os corpos de frutificação (basidiocarpos) foram coletados em trilhas nas matas do Campus Universitário e da Fazenda Experimental da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), em Manaus-AM, entre os meses de novembro/2008 a abril/2009, devido ao elevado índice pluviométrico observado neste período. Os cogumelos coletados foram acondicionados em sacos plásticos devidamente identificados e transportados ao Laboratório de Genética da UFAM, imediatamente após a coleta, para proceder ao isolamento do micélio dicariótico, em meio batata-dextrose-ágar (BDA) e ágar V-8 (10%). Os cogumelos foram fragmentados, e, com auxílio de uma pinça e/ou bisturi previamente autoclavados, pequenas amostras de tecido interno do corpo de frutificação foram cuidadosamente extraídas e depositadas sobre a superfície do meio de cultura, em placa de Petri. Após 3 a 5 dias sob incubação à temperatura ambiente, os isolados foram purificados, sendo observado um índice de 10% de sucesso no isolamento e purificação dos basidiomicetos coletados, os quais foram monitorados através de análises em microscopia óptica. Atualmente, existem 20 isolados purificados e armazenados nos Laboratórios de Citologia e Genética do ICB/UFAM, os quais serão utilizados para investigações futuras, quanto à identificação, produção de enzimas e caracterizações morfológicas e citológicas dos corpos de frutificação e micélio.