INVESTIGAÇÃO DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS EM AVENTAIS DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E ESTUDANTES DE UM HOSPITAL ESCOLA DO SUL DE MINAS GERAIS

Daniela Souza Mota E Camanducaia (FMIt); Aline Reis Bertoldi (FMIt); André Fernando Vieira Alves (FMIt); Raquel Maria Lima Lemes (FMIt)

Staphylococcus aureus sobrevive em superfícies inanimadas, tais como roupa de cama e vestuário no ambiente hospitalar, o que propicia a propagação de infecções por este microrganismo. Objetivou-se neste estudo detectar a presença de S.aureus em gola (G), punhos (P) e bolsos (B) de aventais das pessoas que freqüentam o hospital. Após a coleta das referidas amostras diretamente sobre as placas de agar sangue de carneiro, as mesmas foram incubadas a 37°C por 48 horas. A identificação de S. aureus foi realizada através das provas de manitol e coagulase livre e ligada. Foram analisados 57 profissionais de saúde, sendo 24 (42,11%) Técnicos de Enfermagem (TE), 6 (10,53%) Auxiliares de Enfermagem (AE), 7 (12,28%) Médicos  (M), 3 (5,26%) Enfermeiros (E), 8 (14,03%) Internos do 5º ano de Medicina (INT 5º), 6 (10,53%) Internos do 6º ano de Medicina (INT 5º) e 3 (5,26%) Estagiários de Enfermagem (EST. E). Apenas 1 (1,75%) profissional não apresentou isolamento de Staphylococcus aureus em nenhuma amostra do avental enquanto 56 (98,25%) o tiveram, sendo 50 (89,30%) em B, 43 (76,80%) em G e 41 (73,21%) em P. Vinte e oito (50%) profissionais apresentaram isolamento em G, P e B, 8 (14,29%) em G e B, 7 (12,5%) em P e B, 6 em B (10,71%) e 2 (3,57%) em G apenas. Os profissionais que apresentaram isolamento nos 3 locais do avental foram 6 (85,71%) M, 14 (58,33%) TE, 4 (66,67%), 3 (50%) AE e 1 (12,5%) INT 5º, o isolamento em G e P foi obtido em 1 (14,29%) M, 3 (12,5%) TE, 2 (25%) INT 5º e 2 (100%) EST. E. Punho e B foram isolados de 3 (12,5%) TE, 2 (33,33%) INT. 6º, 1 (12,5%) INT. 5º e 1 (33,33%) E.   Profissionais com isolamento de S. aureus apenas no B atingiu 33,33% de AE (2) e E (1), 12,5% (1) INT. 5º e 8,33% (2) TE. O isolamento apenas em G foi referente à apenas 1 (4,17%) TE e 1 (12,5%) INT. 5º. Observou-se que o isolamento de S. aureus foi maior em B e G, do que em P, o que evidencia a contaminação do avental pela microbiota da pele do profissional.