25º Congresso Brasileiro de Microbiologia

25º Congresso Brasileiro de Microbiologia

ResumoID:49-1

Área: Imunologia Clínica e Diagnóstico ( Divisão F )

AVALIAÇÃO DO TESTE DE POLARIZAÇÃO FLUORESCENTE PARA O DIAGNÓSTICO DA BRUCELOSE BOVINA EM QUATRO LABORATÓRIOS NO BRASIL

Luis Antonio Mathias (FCAV/UNESP); Luis Gustavo Corbellini (UFRGS); Lúcia Maia (MAPA); Kelly Fagundes Nascimento (MAPA); Lília Paulin (IBSP); Luis Samartino (INTA); Marco Antonio Serqueira (MAPA); Paulo Martins Soares Filho (MAPA); Marcília Maria Alves de Souza (MAPA)

Resumo

Um dos pilares dos programas de profilaxia da brucelose bovina é o diagnóstico para identificação das fontes de infecção, de modo a sanear o rebanho. Disso resulta o grande interesse em técnicas sorológicas que possam proporcionar um diagnóstico rápido, barato e seguro de enfermidade. Nesse contexto, esta investigação teve por objetivo avaliar o teste de polarização fluorescente (TPF) para o diagnóstico sorológico da brucelose bovina, verificando a reprodutibilidade do teste em quatro laboratórios no Brasil. Foram selecionadas 1.387 amostras de soro sanguíneo de bovinos, as quais foram inicialmente submetidas, em um dos laboratórios, aos testes do antígeno acidificado tamponado (AAT) e ao teste do mercaptoetanol (ME), conforme prevê o Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose. As mesmas amostras foram submetidas à reação de fixação de complemento (RFC) e ao TPF nos quatro laboratórios envolvidos. Para a avaliação do TPF, foi adotada a combinação dos resultados da RFC e do ME. Para a determinação do ponto de corte do TPF que proporciona melhor combinação de sensibilidade e especificidade, foi usada a análise TG-ROC. A concordância entre os testes e entre os resultados dos quatro laboratórios foi determinada com base no indicador kappa. Os pontos de corte do TPF obtidos nos quatro laboratórios situaram-se entre 84,3 e 94,6 mP. A sensibilidade variou de 91,67% a 97,32%, e a especificidade situou-se na faixa de 82,59% a 98,34%. O indicador kappa entre a RFC e o TPF variou de 0,71 a 0,95, indicando, na maioria das vezes, concordância excelente. Na comparação entre os resultados do TPF dos quatro laboratórios, o indicador kappa ficou entre 0,69 e 0,95, o que indica, na maioria das situações, reprodutibilidade excelente. Os resultados indicaram que o TPF apresentou bom desempenho, na maioria das situações, com sensibilidade e especificidade elevadas. Em relação aos testes convencionais, o TPF apresenta diversas vantagens, além de um desempenho superior: maior rapidez na obtenção do resultado, maior facilidade de execução, o fato de não estar sujeito à ocorrência de efeito prozona, como ocorre na RFC e no ME, e não estar sujeito à ocorrência de atividade anticomplementar, como ocorre na RFC.

Palavras-chave: Brucelose bovina, Diagnóstico sorológico, Fixação de complemento, Mercaptoetanol, Polarização fluorescente

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