| Congresso Brasileiro de Microbiologia 2023 | Resumo: 1059-1 | ||||
Resumo:Introdução e Objetivos: Acinetobacter baumannii, principal causa de infecções nosocomiais, adquire determinantes de resistência a antibióticos e pode prosperar em superfícies bióticas/abióticas (biofilmes) por influência do gene bap. Estreptomicina é um aminoglicosídeo, que atua na subunidade 30s dos ribossomo bacterianos. As Small Colony Variants (SCVs), são uma subpopulação bacteriana que surge da pressão de antibióticos no biofilme ou durante infecções crônicas. O objetivo deste trabalho é estudar se os diferentes clones de A. baumannii produzem diferentes biomassas de biofilme e se a pressão com concentrações subinibitórias de estreptomicina potencializa a formação de biomassa de biofilme e geração de SCVs in vitro.
Metodologia: Todos os isolados incluídos neste estudo foram aprovados pelo Comitê de Ética sob nº 01402312.6.0000.5149. Foram analisados 25 isolados multirresistentes de A. baumannii oriundos de sítios diversos: ponta de catéter (36%), aspirado traqueal (28%), hemocultura (24%), urocultura (8%) e ferida operatória (4%) de pacientes (idade ≥ 18 anos) internados no Hospital das Clínicas da UFMG, no período de Março de 2012 a Março de 2013. A biomassa do biofilme e o número de SCVs formados com e sem estreptomicina foram quantificados. Os diferentes clones foram determinados pela técnica de amplificação aleatória de polimorfismo de DNA (RAPD); e a presença dos genes bap foi determinada por PCR convencional.
Discussão: Os resultados preliminares mostram que dentro da população de estudo de A. baumannii temos cepas do mesmo clone que produzem mais biomassa de biofilme do que outras. Até o momento os maiores índices de crescimento de biomassa de biofilme estão diretamente ligados aos isolados oriundos dos sítios infecciosos: pontas de catéter e aspirados traqueais. Essas diferenças possibilitariam maior resistência a antibióticos e geração de SCVs. Até o momento houve o crescimento de 1 SCVs que reverteu seu fenótipo posteriormente seu isolamento. As cepas clínicas multirresistentes de A. baumannii não são homogêneas e são constituídas por cepas com características fenotípicas distintas.
Conclusão: A persistência do número de A. baumannii resistentes a quase todas as classes de antimicrobianos se tornou um grande problema de saúde pública, especialmente quando aliado ao fato de A. baumannii produzir biofilmes e formar SCVs, o que torna suas terapias cada vez mais difíceis e limitadas.
Palavras-chave: Acinetobacter baumannii; biofilmes; Small Colony Variants; estreptomicina; gene bap.
Palavras-chave: Acinetobacter baumannii, Small Colony Variants, Biofilmes, Clones, antibióticos Agência de fomento:Fundação de apoio da UFMG (FUNDEP). 30201 *52 UFMG/REITORIA/PRPQ/FUNDO FUNDEP 2022. | |||||