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Congresso Brasileiro de Microbiologia 2023
Resumo: 1026-2

1026-2

OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO FERMENTATIVO DE Bacillus subtilis COM FOCO NO BIOCONTROLE DE Sclerotinia sclerotiorum

Autores:
Latoya Creslen Batista Ruschel (UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná) ; Juliana Vitoria Messias Bittencourt (UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná)

Resumo:
A Sclerotinia sclerotiorum, fitopatógeno causador da doença mofo branco, vem ganhando destaque no mundo agrícola devido o teu difícil controle. O fungo possui diversos hospedeiros, além de conseguir gerar estruturas de resistência, escleródios, que são capazes de sobreviver no solo por longos anos. Dessa forma, é de suma importância buscar o controle dessa, no qual pode ser feito por manejo cultural, químico e biológico. Dentre o controle biológico, o Bacillus subtilis vem se destacando. O trabalho teve como objetivo otimizar um processo fermentativo de B. subtilis focando no biocontrole de S. Sclerotiorum. A otimização foi realizada com base em um esquema fatorial 3x3x3, no qual foram avaliadas diferentes temperaturas (25, 30 e 35°C), diferentes pHs iniciais (6; 6.5 e 7) e diferentes níveis de agitação (100, 150 e 200 rpm), obtendo-se 27 combinações de otimização. As produções foram realizadas em um agitador orbital de bancada, utilizando um erlenmeyer com 200 mL de água destilada com meio de cultura comercial autoclavado e 3 alças de B. subtilis CCT 7993 (1 x 108 UFC/mL). Decorrido o tempo do processo fermentativo, 48 horas, iniciou-se o teste de antagonismo do bioagente contra o fitopatógeno. Primeiramente, escleródios do fitopatógeno foram recolhidos de áreas de soja infestadas na Fazenda Pamplona do grupo SLC Agrícola. Os escleródios encontrados passaram por um processo de desinfecção com álcool 70 e hipoclorito de sódio e transferidos para placas de petri contendo o meio Batata Dextrose Agar (BDA) e mantidos em BOD a 28°C por 5 dias para sua completa germinação. O teste de antagonismo foi realizado com placas de petri com meio BDA adicionando um disco de micélio de S. Sclerotinia na extremidade da placa e na outra realizou-se três estrias do B. subtilis de cada otimização. Cada otimizado, teve 5 repetições de pareamento e a testemunha foi composta somente pelo fitopatógeno. As placas foram incubadas a 28°C por 5 dias e contabilizado o crescimento micelial com auxílio de uma régua. O crescimento foi transformado em % da inibição de crescimento (I%). Os dados obtidos foram avaliados estatisticamente pelo teste de Kruskall-Wallis com intervalo de confiança de 95% a fim de encontrar 5 otimizados com maior I%. Realizou-se também o teste de Lack off a fim de compreender a relação entre as variáveis independentes e a variável resposta. Os resultados revelaram diferenças significativas de I% para as diferentes temperaturas, sendo que 35°C apresentou maior eficiência. Da mesma forma, houve variação para os diferentes níveis de agitação, sendo a de 150 rpm com menor I%. No entanto, não foram encontradas diferenças estatísticas para diferentes pHs. As maiores I% foram para o BACSUB10 (30°C, 100 rpm e pH 6) – 68,71%; BACSUB12 (30°C, 100 rpm e pH 7) – 70,35%; BACSUB21 (35°C, 100 rpm e pH 7) – 73,41%; BACSUB26 (35°C, 200 rpm e pH 6,5) – 78,47% e BACSUB27 (35°C, 200 rpm e pH 7) – 67,53%. Foi identificada uma interação significativa entre o pH e a temperatura e os resultados indicaram que o ponto máximo foi alcançado com os valores de temperatura e pH máximos, juntamente com a agitação mínima (35 graus, pH 7 e agitação 100, respectivamente) com uma estimativa de 76.66 I (%), confirmando os achados exploratórios. Palavras-chave: processos fermentativos; mofo branco; controle biológico.

Palavras-chave:
 controle biológico, mofo branco, processos fermentativos