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Congresso Brasileiro de Microbiologia 2023
Resumo: 1015-1

1015-1

Potencial do uso do extrato hexânico de folhas de Casearia lasiophylla no controle de crescimento de Staphylococcus aureus causadora de mastite bovina.

Autores:
Raquel Nazaret Magalhães Cabral (UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora) ; Beatriz Ferreira Lacerda da Silva (IF SUDESTE MG - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sude) ; Layla Eugênio Oliveira (UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora) ; Mariana Campos Ribeiro (UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora) ; Cassio Magno Araujo de Souza (UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora) ; Vanessa de Andrade Stumpf (UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora) ; Daniel Benício de Freitas Silv (UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora) ; Amanda Meirelles de Sá Janiques (UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora) ; Thalita de Freitas Souza (UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora) ; Kelly Antunes (UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora) ; Alessandro Del`duca (IF SUDESTE MG - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sude) ; Luciana Moreira Chedier (UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora) ; Dionéia Evangelista Cesar (UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora)

Resumo:
Staphylococcus aureus é uma das espécies bacterianas causadoras de mastite bovina, doença inflamatória da glândula mamária que acomete o gado na fase leiteira, que reduz a produção de leite e gera um aumento no custo da produção final. Normalmente, essa doença é tratada com anti-inflamatórios e antibióticos de largo espectro. Alternativas à antibioticoterapia devem ser buscadas, como, por exemplo, o uso de extratos botânicos. Casearia lasiophylla Eichler, chamada popularmente de guaçatonga ou erva-de-bicho, é uma espécie pertencente à família Salicaceae, nativa do Brasil. É uma planta medicinal que possui substâncias bioativas e é utilizada popularmente para tratar inflamações, infecções, problemas digestivos e cicatrização. A possibilidade do estudo das substâncias bioativas da espécie foi o determinante para a sua escolha na produção dos extratos brutos. O objetivo da pesquisa foi testar a atividade antimicrobiana do extrato hexânico de C. lasiophylla em 8 cepas de bactérias S. aureus isoladas de gado com mastite. C. lasiophylla foi coletada em Juiz de Fora, MG, e suas folhas foram secas em estufa a 40 oC, trituradas em liquidificador industrial e 585g dessas folhas foram colocadas em maceração estática em um erlenmeyer com 2250 mL de n-hexano por 48 horas, fornecendo 83g de extrato hexânico bruto. O extrato foi testado frente às 8 cepas de S. aureus e enviado para análises cromatográficas e espectrométricas. Cepas testes foram inoculadas em meio de cultura ágar Mueller Hinton, por espalhamento com swab. Logo após foi adicionado um disco com o 10 μL do extrato de C. lasiophylla com 750 mg/mL, um disco com o antibiótico eritromicina para controle positivo e um disco com 10 μL de hexano para controle negativo. As placas foram colocadas em estufa a 36 ºC por 24h e o teste foi realizado em duplicata. A análise por CG-EM forneceu perfil químico do extrato identificando uma mistura de hidrocarbonetos. O extrato teve resultado positivo no controle de crescimento de 7 cepas utilizadas no teste. Os halos observados formados a partir do extrato hexânico variaram entre 8 a 14 mm. A única cepa que não foi observada a inibição apresentou resistência também ao antibiótico utilizado como controle positivo. O controle negativo não apresentou potencial antibiótico para o crescimento das cepas utilizadas, evidenciando a eficiência do extrato. Dessa forma, pode-se perceber que C. laysiophyllia apresentou bom desempenho no controle do crescimento de cepas causadoras de mastite.

Palavras-chave:
 Staphylococcus aureus, atividade bactericida, produtos naturais, antibiótico, planta medicinal


Agência de fomento:
Universidade Federal de Juiz de Fora e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais.