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Congresso Brasileiro de Microbiologia 2023
Resumo: 934-2

934-2

COMPARAÇÃO ENTRE A CATEGORIA SEMIQUANTITATIVA DO CARTUCHO XPERT®MTB/RIF ULTRA E O TEMPO DE POSITIVAÇÃO DA CULTURA LÍQUIDA AUTOMATIZADA PARA TUBERCULOSE NO MGIT®

Autores:
Daniela Ferrari Micheletti (PCS/ UEM - Pós-graduação em Ciências da Saúde.) ; Thais Fernandes Kuriki (UNICESUMAR - UNICESUMAR) ; Renata Caroline de Oliveira (UNICESUMAR - UNICESUMAR) ; Edilene Pereira da Rocha Gobbi (LEPAC - Universidade Estadual de Maringá) ; Thaila Fernanda Oliveira da Silva (LEPAC - Universidade Estadual de Maringá) ; Vera Lucia Dias Siqueira (UEM/ PBF - Universidade Estadual de Maringa- PBF) ; Katiany Rizzieri Caleffi Ferracioli (UEM/ PBF - Universidade Estadual de Maringa- PBF) ; Rosilene Fressatti Cardoso (PCS/ UEM - Pós-graduação em Ciências da Saúde., UEM/ PBF - Universidade Estadual de Maringa- PBF) ; , Regiane Bertin de Lima Scodro (PCS/ UEM - Pós-graduação em Ciências da Saúde.)

Resumo:
Uma das ferramentas utilizadas no diagnóstico da tuberculose (TB) é o teste rápido molecular (TRM), por meio do cartucho GeneXpert® MTB/RIF Ultra. Ele é capaz de detectar em tempo real, micobactérias do complexo Mycobacterium tuberculosis (CMTB) e fornecer parâmetros semiquantitativos de bacilos na amostra. Outra ferramenta utilizada no diagnóstico do CMTB é a cultura líquida automatizada no BD BACTEC Mycobacterial Growth Indicator Tube (MGIT®). Este equipamento é capaz de detectar a fluorescência emitida no tubo, que teve seus níveis de oxigênio reduzidos pelo metabolismo micobacteriano. Quanto maior a quantidade de bactérias presente na amostra, mais rapidamente ocorre o consumo de oxigênio e abrevia a positivação e detecção pelo instrumento. Neste sentido, este estudo pretende analisar os parâmetros semiquantitativos (carga bacilar) do cartucho MTB/RIF Ultra com o tempo de positivação da cultura líquida automatizada (MGIT®), em amostras de pacientes atendidos no Laboratório de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas, da Universidade Estadual de Maringá (LEPAC/UEM). Foi realizado um estudo retrospectivo, observacional, transversal na qual foram incluídas todas as culturas positivas para o CMTB no período de novembro de 2019 a dezembro de 2022. O estudo está aprovado sob número 5.586.398 do Conselho de Ética em Pesquisa em Seres Humanos (COPEP-UEM). No período estudado, foram realizadas 1.197 culturas líquidas automatizadas para TB no MGIT®. Dessas culturas, em 75,86% foram realizados a pesquisa inicial de CMTB por TRM e 24,14% pelo exame de baciloscopia. Entre os 908 TRM analisados, 365 foram positivos para o CMTB. O tempo em dias para a positivação foi comparado com os parâmetros semiquantitativos liberados no TRM. Somente os TRM positivos com culturas positivas para o CMTB foram contemplados. A maioria dos TRM (53%) apresentou carga bacilar positiva alta, 11% média, 24% baixa e 12% carga muito baixa ou traços. A média de positivação na cultura para a carga alta, média, baixa, muito baixa e traços foi de 8,11,15, 26 e 26 dias, respectivamente; sendo o tempo médio de positivação da cultura líquida de 10 dias, com o mínimo de 2 e o máximo de 42 dias. Até o presente momento não foi encontrado nenhum estudo que se correlacione os parâmetros semiquantitativos do TRM MTB/RIF ultra com o tempo de positivação na cultura com o equipamento MGIT®. Diante do exposto, conclui-se que os parâmetros semiquantitativos dão uma ideia real da carga bacilar do CMTB. Sendo por exemplo uma carga bacteriana alta em amostras de escarro um fator determinante da gravidade e infecciosidade da TB. Desta forma, deve-se priorizar a avaliação dos contatos destes pacientes para diminuir a transmissão do bacilo e a perpetuação da doença.

Palavras-chave:
 Mycobacterium tuberculosis, Teste rápido molecular, Cultura, carga bacilar


Agência de fomento:
Agradecimentos à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) (código de financiamento 001) pelo apoio financeiro no desenvolvimento deste trabalho.