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Congresso Brasileiro de Microbiologia 2023
Resumo: 930-1

930-1

Caracterização fenotípica de Cryptococcus spp isolados de amostras de liquor no estado de Mato Grosso entre 2017 a 2022.

Autores:
Marco Andrey Pepato (LACEN-MT - Laboratório Central de Saúde Pública de MT) ; Francielly Rodrigues Matias (LACEN-MT - Laboratório Central de Saúde Pública de MT) ; Natalia de Brito Sol (LACEN-MT - Laboratório Central de Saúde Pública de MT) ; Klaucia Rodrigues Vasconcelos (LACEN-MT - Laboratório Central de Saúde Pública de MT) ; Elaine Cristina de Oliveira (LACEN-MT - Laboratório Central de Saúde Pública de MT) ; Luciana Basili Dias (LACEN-MT - Laboratório Central de Saúde Pública de MT)

Resumo:
A meningite criptocócica, causada por um fungo oportunista, Cryptococcus spp, ocorre principalmente em pacientes imunocomprometidos, principalmente em indivíduos infectados pelo vírus HIV (Human Immunodeficiency Vírus) e imunocompetentes com alta mortalidade e morbidade. Esse gênero possui duas espécies mais comumente associadas a infecção em humanos, Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii, que diferem quanto a epidemiologia, virulência, manifestações clínicas e susceptibilidade a antifúngicos, este ultimo considerado um patógeno emergente. Este estudo teve o objetivo de avaliar a positividade e caracterizar o perfil fenotípico de Cryptococcus spp de pacientes com meningites. O estudo foi de base retroprospectiva, analisando o Cryptococcus spp isolados de amostras de liquor recebidas pelo Laboratório de Saúde Pública do Estado de Mato Grosso no período de 2017 a 2022. A caracterização fenotípica foi realizada pela metodologia de espectrometria de massa com tempo de voo (MALDI-TOF MS) de dessorção/ionização a laser assistida por matriz, usando LT Microflex (Bruker Daltonics, Bremen, Germany). Nesse período foram encontradas 18 amostras positivas para Cryptococcus spp, a maioria, ou seja 78% ocorreram no sexo masculino. A idade variou de 20 à 51 anos, sendo 50% em adultos jovens. Dos isolados caracterizados, 8 eram Cryptococcus neoformans var grubii, 4 Cryptococcus gattii e 6 não foram identificados em espécie. O Cryptococcus neoformans var grubii foi a espécie mais frequente em 66% dos casos, e ocorreu em 100% do sexo masculino, vivendo com HIV e na região centro sul do estado. O Cryptococcus gattii ocorreu em 75% no sexo feminino, vivendo sem HIV e na região norte do estado. Os dados encontrados no período sugerem a importância do diagnóstico laboratorial e monitoramento da vigilância epidemiológica, que demonstra as espécies de Cryptococcus na meningite nos indivíduos vivendo com HIV ou não, o sexo e a prevalência nas diferentes regiões do Estado de Mato Grosso.

Palavras-chave:
 Meningite, Cryptococcus, MALDI-TOF MS