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Congresso Brasileiro de Microbiologia 2023
Resumo: 710-1

710-1

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE BIOSSURFACTANTES OBTIDOS DE RESÍDUOS DE AÇAÍ (Euterpe oleracea Mart.) E BABAÇU (Attalea speciosa Mart. ex Spreng.)

Autores:
Joane Alves (UNIFESSPA - Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará) ; Alan Moura Feio (UNIFESSPA - Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará) ; Evelly Oliveira Ramos (UNIFESSPA - Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará) ; Glenda Soares Gomes (UNIFESSPA - Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará) ; Lucas Mariano de Siqueira Pimentel (UNIFESSPA - Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará) ; Yara Gomes Conceição (UNIFESSPA - Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará) ; Giulian Cesar Sá (UNIFESSPA - Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará) ; Sidnei Cerqueira Santos (UNIFESSPA - Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará)

Resumo:
Candida albicans, Enterococcus faecium, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus são microrganismos patogênicos envolvidos em inúmeras infecções humanas, tratadas majoritariamente por antibióticos sintéticos. Considerando os crescentes episódios de resistência microbiana, a comunidade científica tem investigado ativamente produtos naturais com propriedade antimicrobiana, como os biossurfactantes. Nesse sentido, o presente trabalho teve como objetivo investigar a atividade antimicrobiana de biossurfactantes bacterianos usando resíduos de açaí e babaçu como matéria-prima.Os biossurfactantes (BS) foram produzidos em frascos Erlenmeyer contendo meio salino mineral, usando 2% de resíduos de açaí (Euterpe oleracea Mart.) e babaçu (Attalea speciosa Mart. ex Spreng.) como matéria-prima. O inóculo de 5% da linhagem bacteriana BM02 foi transferido assépticamente para os frascos e os frascos foram incubados em agitador orbital (150 rpm a 35°C) por 5 dias. A atividade antimicrobiana dos biossurfactantes a partir do açaí (BSA) e de babaçu (BSB), nas concentrações de 1,0 a 0,008 mg/mL, foi investigada contra cepas de C. albicans (INCQS 7200), E. faecium (ATCC 6569), E. coli (ATCC 25922), P. aeruginosa (INCQS 2742) e S. aureus (ATCC 25923) em placa de 96 poços contendo caldo Mueller-Hinton. O inóculo dos microrganismos foi ajustado a partir da escala 0,5 de McFarland. O antibiótico tetraciclina (1,0 mg/mL) foi utilizado como controle. A solução de cloreto de 2,3,5-trifeniltetrazólio foi usado como revelador do crescimento antimicrobiano, sendo a coloração rosa indicativo de crescimento bacteriano. Os resultados indicam a atividade antimicrobiana de BSB contra todas as cepas investigadas a partir da concentração de 1,0 mg/mL, e na concentração de 0,5 mg/mL para E. faecium e S. aureus. No entanto, a BSA não apresentou atividade antimicrobiana contra as cepas investigadas, nas concentrações testadas. Os desdobramentos desta pesquisa contribuirão para o fortalecimento do conhecimento científico sobre o potencial dos bioativos antimicrobianos da região amazônica, como os BS, além de oferecer possibilidades de inovação biotecnológica para o desenvolvimento de novas formulações antimicrobianas. Perspectivas futuras envolvem a investigação dos efeitos do uso combinado dos BSA e BSB com antimicrobianos sintéticos em doses inferiores às suas concentrações inibitórias mínimas.

Palavras-chave:
 antimicrobianos naturais, biossurfactantes, processos microbianos


Agência de fomento:
Banco da Amazônia S.A. (Contrato: 2022/251)