Congresso Brasileiro de Microbiologia 2023 | Resumo: 663-2 | ||||
Resumo:A indústria têxtil é uma produtora em potencial de efluentes, os quais contêm, na sua composição principalmente, corantes, sais, compostos de cloro e sódio suspenso. Mesmo contendo todas essas substâncias potencialmente tóxicas ao ambiente, os corantes são os principais poluentes do ponto de vista ambiental. A aplicação de fungos filamentosos no processo de descoloração é uma alternativa atraente devido ao baixo custo e a possibilidade de mineralização total do corante. Com isso, este trabalho tem como objetivo testar o potencial de descoloração da biomassa viva e inativa da Cunninghamella elegans UCP 1306 como alternativa para biorremediação desses poluentes. A biomassa foi produzida em meio YMB contendo esporos em suspensão do fungo filamentoso a fim de obter o crescimento da biomassa. Em um Erlenmeyer de 100 ml foi adicionado 50 ml de YMB e 5 ml de água destilada contendo a suspensão de esporos do fungo selecionado. Após 7 dias de incubação a biomassa foi retirada e adicionada em um Erlenmeyer contendo corante azul de metileno a 1 %, o mesmo processo foi realizado para a biomassa inativa, porém após o crescimento a biomassa foi autoclavada antes de ser adicionada no Erlenmeyer contendo corante a 1 %. Os frascos foram analisados a cada 15 minutos durante 195 minutos. De acordo com os resultados obtidos, foi revelado que, mesmo que em momentos iniciais (até 30 min) a biomassa morta tenha apresentado uma taxa maior de descoloração, nos minutos que sucederam a sua descoloração alcançou uma taxa máxima de 41,2 % de descoloração em 180 minutos. Já a biomassa viva, apesar do desempenho relativamente menor no início, apresentou um crescimento exponencial, que chegou a alcançar uma taxa de 93,5 % no mesmo limite de tempo. Deixando claro que a biomassa viva do fungo foi mais eficiente que a morta, mostrando potencial para biorremediação. Palavras-chave: Descoloração, Adsorção, Têxtil, Biomassa Agência de fomento:Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia (FACEPE) e a Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) |