| Congresso Brasileiro de Microbiologia 2023 | Resumo: 605-1 | ||||
Resumo:A bioconversão da xilose em xilitol que é de grande importância e interesse em várias indústrias como a alimentícia, farmacêutica e odontológica. O xilitol é um açúcar-álcool, que apresenta propriedades de adoçante equiparados ao da sacarose e 40% menos calórico, também apresenta propriedades anticariogênicas. A produção de xilitol é realizada a partir da xilose e seu processamento pode ser químico ou biológico. A xilose é encontrada em materiais lignocelulósicos e algumas leveduras conseguem convertê-la- em xilitol. Para produção em larga escala, algumas indústrias utilizam o processo químico, porém, necessita de etapas com alto custo, o que encarece a produção. O processo biológico é realizado pelas leveduras que conseguem produzir o xilitol quando metabolizam a xilose em baixas concentrações de oxigênio. O processo biológico é mais barato que o químico pois não necessita de insumos e equipamentos de alto valor, não necessita de alta temperatura e pressão, além de poluir menos o meio ambiente com rendimentos em torno de 0,82 g.g-1. As dificuldades dessa produção ocorrem pela sensibilidade das leveduras e por ser um processo que envolve muitas enzimas e coenzimas para a produção, além de depender de outras condições, como a concentração de oxigênio no meio, concentrações de substratos, fontes de carbono, temperatura e pH. O objetivo deste trabalho foi avaliar e selecionar leveduras com capacidade fermentativa da xilose para produção de xilitol. Os experimentos foram conduzidos no Laboratório de Microbiologia dos Solos da Embrapa Milho e Sorgo. Foram selecionadas 07 de 24 linhagens de leveduras obtidas de caldo de plantas de sorgo sacarino cultivadas em solo de cerrado e pertencentes à Coleção de Microrganismos Multifuncionais da Embrapa Milho e Sorgo. Foram realizados testes de purificação das linhagens de levedura em meio sólido YEPD e posteriormente foram transferidas para o meio sólido YEPX contendo xilose como a única fonte de carbono. As 07 linhagens que conseguiram crescer no meio sólido YEPX foram inoculadas em meio líquido contendo xilose como única fonte de carbono e avaliadas até 96 h de fermentação. Foi realizado análises de crescimento celular por absorbância com o auxílio de espectrofotômetro (densidade ótica D.O 600 nm). A quantificação de xilose e xilitol foram realizadas por cromatografia liquida de alta performance (HPLC), e dosadas em mg.mL-1, mediante As linhagens Wickerhamomyces anomalus 3.6, Candida Oleophila 4.8, Meyerozyma guilliermondii 3.22, Torulaspora delbrueckii 3.26 e W. anomalus 4.16 apresentaram uma taxa de crescimento superior em relação às linhagens C. Oleophila 4.10 e W. anomalus 4.5. Para a quantificação do xilitol, 6 de 7 linhagens conseguiram fermentar a xilose em meio líquido, apresentando resultado positivo para produção de xilitol em 96h de fermentação. A linhagem W. anomalus 3.6 produziu maior quantidade de xilitol da espécie, com produtividade igual a 0,48 g.g-1 As linhagens C. oleophila 4.8 teve produtividade de xilitol igual a 0,44 e T. delbrueckii 3.26 apresentou a produtividade de xilitol igual a 0,38 g.g-1, sendo esta espécie identificada pela primeira vez como capaz de converter xilose em xilitol. Estudos adicionais serão realizados para otimização das condições de máxima produção de xilitol para cada linhagem. Palavras-chave: Biomassa, Etanol, Poliol Agência de fomento:CAPES e EMBRAPA MILHO E SORGO | |||||