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Congresso Brasileiro de Microbiologia 2023
Resumo: 462-1

462-1

PRODUÇÃO DE BIOESTRUVITA A PARTIR DE EFLUENTE SINTÉTICO POR BACILLUS PUMILUS.

Autores:
Maria Luiza Paes Xavier (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Manoella Almeida Candido (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Vanessa Andrade da Silva (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Giovana Santos da Paz (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Lourdinha Flourêncio (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Mario Takayuki Kato (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Fabrício Motteran (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Sávia Gavazza (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Bruna Soares Fernandes (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco)

Resumo:
O aumento crescente da população mundial leva a elevada demanda de alimentos e itens industrializados, dentre eles estão os produtos que utilizam fósforo em sua geração, seja na etapa de produção industrial ou agrícola, sendo considerado um dos três elementos essenciais para o cultivo de plantas e incluído na composição dos fertilizantes NPK. Além de sua importância industrial, o fósforo é vital para a vida dos seres vivos, gerando uma preocupação mundial em função da carência de fontes de fósforo. Devido as variadas complicações dentre a mineralização do fósforo, sua recuperação é o processo mais eficaz no momento. Por outro lado, a aplicação excessiva de fósforo pode ocasionar no desequilíbrio ambiental e levar os corpos hídricos a eutrofização. Nesse contexto, as tecnologias de recuperação de nutrientes surgem como uma alternativa de solucionar esses problemas, dentre elas, destaca-se a produção de estruvita. Assim, este projeto visa avaliar a produção de estruvita por processos biológicos utilizando o microrganismo Bacillus pumilus por meio de urina humana hidrolisada sintética com suplementação e variação de fonte de magnésio. O microrganismo Bacillus pumilus foi ativo em placas de Petri com meio ATCC 3 com ágar por 2 dias, após o período de ativação foi submetido a crescimento no mesmo meio e posteriormente inoculado em reatores contendo 40,5 mL de meio sintético (urina humana hidrolisada) e 4,5 mL de inóculo a uma proporção de 10% (v/v). Foram testados meios sintéticos contendo os seguintes macronutrientes (mg/L): 720 CH3COONa; 2153 NH4Cl; 186 K2HPO4; 145 KH2PO4, e 1 mL da solução de micronutrientes composta por (mg/L): 50 H3BO3; 50 ZnCl2; 30 CuCl2; 50 MnSO4. H2O; 50 (NH4)6Mo7O24.4H2O; 50 CoCl2 e 50 NiCl2), variando a fonte de magnésio que para o primeiro meio foi de 2668 mg/L MgSO4.7H2O e para o segundo meio de 436 mg/L MgO. Os ensaios foram realizados em duplicata e os testes de controle foram realizados nas mesmas condições. Ao modificar a fonte de magnésio de sulfato de magnésio heptahidratado para óxido de magnésio, houve uma diminuição nos cristais e o crescimento microbiano também foi influenciado. Em relação ao consumo de matéria orgânica, esse aumento teve um efeito significativo em relação a taxa cinética de remoção que sofreu uma redução de 88%, possivelmente causada devido a baixa solubilidade do óxido de magnésio. Já a remoção do íon fosfato não foi influenciado significativamente com a mudança de fonte de magnésio, a concentração de amônio foi influenciada e a concentração de magnésio conseguiu alcançar 80% de remoção com a urina 1. As análises de MEV obtiveram percentuais condizentes com a estruvita que foram confirmados por meio da técnica de Difratometria de raio X, apresentando cristais com superfícies porosas características do cristal de estruvita, em relação ao meio 1 e o segundo meio apresentou cristais em diferentes formatos com excesso de impurezas. Sendo assim, confirma-se a produção de estruvita por via biológica e que a alteração da fonte de magnésio é capaz de influenciar na quantidade e morfologia dos cristais.

Palavras-chave:
 bioestruvita, fósforo, magnésio, Bacillus pumilus


Agência de fomento:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES