Imprimir Resumo


Congresso Brasileiro de Microbiologia 2023
Resumo: 452-1

452-1

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA E RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA DE BACTÉRIAS ESCHERICHIA COLI E STAPHYLOCOCCUS AUREUS ISOLADAS DE QUEIJOS ARTESANAIS COMERCIALIZADOS NO DISTRITO FEDERAL

Autores:
Letícia Fernandes Silva Rodrigues (UNB - FCE -PPGCTS - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – UnB, Faculdade de Ceilândia - ) ; Tatyelle Lemos Nascimento (UNB - FCE -PPGCTS - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – UnB, Faculdade de Ceilândia - ) ; Ayra de Oliveira Ferreira (UNB - FCE -PPGCTS - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – UnB, Faculdade de Ceilândia - ) ; Izabel Cristina Rodrigues da Silva (UNB - FCE -PPGCTS - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – UnB, Faculdade de Ceilândia - ) ; Daniela Castilho Orsi (UNB - FCE -PPGCTS - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – UnB, Faculdade de Ceilândia - )

Resumo:
Os queijos fazem parte do grupo de alimentos de origem láctea mais consumidos no Brasil. Os queijos do tipo Minas Frescal (QMF) e do tipo Coalho (QC) são produtos tipicamente brasileiros e podem ser confeccionados artesanalmente. Os queijos artesanais são apreciados por seu sabor característico e tradição cultural. Porém é frequente que esses alimentos apresentem qualidade microbiológica inadequada, e a presença de cepas potencialmente patogênicas, como Escherichia coli e Staphyloccoccus aureus. E parte dessas cepas patogênicas podem apresentar resistência antimicrobiana (RA). Considerando que a RA é uma emergência no cenário atual mundial, o objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade microbiológica e verificar a resistência antimicrobiana de cepas de E. coli e S. aureus isoladas de QMF e QC. Foram coletadas 22 amostras de QMF e 38 amostras de QC, todos de produção artesanal. As amostras foram avaliadas para contagem total de bactérias mesófilas e psicotróficas, determinação do Número Mais Provável de coliformes totais e termotolerantes, e contagem de S. aureus. Para a determinação do perfil de resistência antimicrobiana, as cepas de E. coli e S. aures foram submetidas ao teste de suscetibilidade antimicrobiana por meio da técnica de Kirby-Bauer. Das 60 amostras de queijos artesanais analisadas, um total de 91,66% (20 amostras de QMF e 35 de QC) estavam impróprias para o consumo de acordo com a legislação brasileira. O total de 81,81% das amostras de QMF e 76,31% das amostras de QC excederam o limite máximo aceitável para S. aureus. O total de 31,80% dos QMF e 44,70% dos QC excederam o limite aceitável de coliformes termotolerantes. Das 22 amostras de QMF foram isoladas 104 cepas de E. coli e 135 cepas de S. aureus para realização dos antibiogramas. As cepas de E. coli apresentaram maior resistência a sulfonamida (85,58%) e a tetraciclina (32,69%). As cepas de S. aureus apresentaram maior resistência à sulfonamida (71,85%) e à cefoxitina (36,30%). Foram obtidas taxas de multirresistência de 33,65% nas cepas de E. coli, e 20,00% nas cepas de S. aureus nos QMF. Das 38 amostras de QC foram isoladas 43 cepas de E. coli e 114 cepas de S. aureus. As cepas de E. coli apresentaram maior resistência a sulfonamida (81,40%) e a cefotaxima (51,16%). As cepas de S. aureus apresentaram maior resistência à sulfonamida (74,56%) e à cefoxitina (46,49%). Foram obtidas taxas de multirresistência de 53,48% em cepas de E. coli e 39,47% em cepas de S. aureus nos QC. Dessa forma, fica evidente a necessidade de aprimoração das boas práticas de fabricação em toda a cadeia produtiva dos queijos artesanais com o principal intuito de reduzir os riscos à saúde e garantir à segurança alimentar do consumidor.

Palavras-chave:
 Resistência a antibióticos, Qualidade de alimentos, Escherichia coli, Staphyloccoccus aureus


Agência de fomento:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, Brasil (CAPES) e Fundação de Apoio a Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF).