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Congresso Brasileiro de Microbiologia 2023
Resumo: 360-1

360-1

ENVASE DE IMUNOBIOLÓGICOS E A RELAÇÃO DIRETA COM A QUALIDADE DOS KITS DE BRUCELOSE E TUBERCULOSE ANIMAL

Autores:
Priscila Calixto Shahriyar (IB - INSTITUTO BIOLÓGICO) ; Cinthya Kimori Okamoto (IB - INSTITUTO BIOLÓGICO) ; Rene dos Santos Cunha Neto (IB - INSTITUTO BIOLÓGICO) ; Claudia Pestana Ribeiro (IB - INSTITUTO BIOLÓGICO) ; Ricardo Spacagna Jordão (IB - INSTITUTO BIOLÓGICO)

Resumo:
O Laboratório de Inovação em Produtos Imunobiológicos (IMB) do Instituto Biológico é responsável pela produção de tuberculinas e antígenos de brucelose que são utilizados no diagnóstico de tuberculose e brucelose, em atendimento ao Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose (PNCEBT). Dentre as diversas etapas do processo de produção de imunobiológicos, o envase é uma das etapas finais, e mais importantes. O objetivo de uma indústria, seja pública ou privada, é disponibilizar imunobiológicos de excelência, empregando a pesquisa para melhoria dos processos. Por isso, há quase 100 anos o Instituto Biológico emprega a pesquisa para melhorar a qualidade dos antígenos produzidos pelo IMB. A partir de 2020, foram realizados ensaios e testes de estabilidade para aumento da validade dos produtos, o que só pode ser estabelecido após comprovação que envase e embalagem não comprometem a qualidade do produto. Com isto, através de projeto FAPESP, novo sistema de envase foi implementado e os frascos de vidro foram substituídos, através de projeto FUNDEPAG. Além do aumento da capacidade de produção, o emprego de frascos tipo 1, estéreis e despirogenizados, e o emprego de tecnologia pioneira, possibilitaram a melhoria dos produtos. O uso de equipamento de envase automatizado, com sensores infravermelho e câmeras de checagem de alta definição, possibilita a redução do tempo de envase, diminuindo a exposição dos frascos a temperaturas fora da refrigeração. Até 2019, os imunobiológicos eram envasados em frascos de vidro tipo “gota”, tipo 3 (Wheaton), que eram lavados e esterilizados por autoclavação no IMB. Resultados das pesquisas permitiram o emprego de frascos de vidro tubular, tipo 1 (Schott), esterilizados, despirogenizados e certificados, quanto à esterilidade, direto pelo fornecedor. Por exemplo, os frascos são certificados como livres de endotoxinas. Assim, com frascos livres de microrganismos e toxinas, diminui-se a possibilidade de contaminação dos imunobiológicos envasados. Os frascos tubulares, em relação aos frascos gota, são mais regulares, com paredes mais uniformes, permitindo que o processo de envase seja mais rápido e preciso. Frascos do tipo 1 possuem pH neutro e não interferem no pH e, consequentemente, modificações indesejadas dos produtos são evitadas. Conclui-se que as melhorias adotadas no processo de envase permitiram um aumento de 40% na produção de imunobiológicos, dobrar o prazo de validade dos produtos e ofertar produtos com mais qualidade e tecnologia aos Médicos Veterinários habilitados pelo PNCEBT, refletindo em maior segurança alimentar para os consumidores.

Palavras-chave:
 imunobiológicos, envase, envasadora, frascos, esterilidade


Agência de fomento:
FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (processo nº 2017/50334-3) e FUNDEPAG - Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio