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Congresso Brasileiro de Microbiologia 2023
Resumo: 346-1

346-1

AVALIAÇÃO DO EXTRATO E FRAÇÕES DAS PARTES AÉREAS DE Physalis angulata FRENTE À Candida albicans E Candida parapsilosis.

Autores:
Camila Cristina Baccetti Medeiros (UNESP - Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara) ; Rodrigo Sorrechia (UNESP - Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara) ; Fabiano Guimarães Silva (IFGOIANO - Instituto Federal Goiano, Campus Rio Verde) ; Ana Helena Januário (UNIFRAN - Universidade de Franca, Departamento de Química ) ; Rosemeire Cristina Linhari Rodrigues Pietro (UNESP - Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara)

Resumo:
As infecções fúngicas causadas por Candida albicans e Candida parapsilosis que não respondem às terapias medicamentosas existentes representam um importante problema de Saúde Pública, principalmente em hospitais e unidades de terapia intensiva. Diante desse cenário, as pesquisas de novos agentes terapêuticos a partir de plantas medicinais representam uma alternativa promissora. Physalis angulata é uma planta medicinal utilizada pela população brasileira, com diversas ações terapêuticas comprovadas, como a atividade antimicrobiana que pode ser atrelada à presença das fisalinas encontradas nessa espécie. Esse trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antifúngica do extrato e frações das partes aéreas de P. angulata frente à C. albicans e C. parapsilosis. O material vegetal seco foi macerado e remacerado por 72 horas com clorofórmio, seguido de filtração e concentração do extrato por evaporação gerando o extrato clorofórmico (Phys CHCl3). As frações foram obtidas através da partição do extrato clorofórmico em coluna de sílica em gel, eluída com Hexano/Acetato (Hex/AcOEt 3:7) e Acetato (AcOEt). A atividade antifúngica das cepas C. albicans (ATCC 64548) e C. parapsilosis (ATCC 22019) foi determinada através da Concentração Inibitória Mínima (CIM) e Concentração Fungicida Mínima (CFM), usando como controle positivo Anfotericina B. Frente à C. albicans, a fração Acetato manteve o mesmo valor de CIM (1,25 mg/mL) que o obtido pelo extrato com redução na CFM de cerca de 25%. A fração Hex/AcOEt demonstrou aumento de 2 vezes em relação ao CIM do extrato, embora CFM foi demonstrada na maior concentração avaliada (5,0 mg/mL). Os valores de CIM e CFM frente à C. parapsilosis foram todos iguais (2,5 mg/mL), exceto a CFM do extrato clorofórmico que não apresentou valor até a máxima concentração ensaiada (>5,0 mg/mL). O controle positivo apresentou CIM e CFM de 70 μg/mL. O aumento da CIM de 2 vezes da fração Hex/AcOEt em relação ao extrato clorofórmico frente à C. albicans sugere que a(s) substância(s) bioativas(s) não estava(m) presente(s) nesta fração. Entretanto, Entretanto, frente à C. parapsilosis, os valores iguais obtidos de CIM, podem indicar a presença da(s) substância(s) ativa(s) no extrato e frações. Este trabalho sugere que extrato e frações de P. angulata são promissores na busca de novas moléculas líderes com atividade antifúngica. Deverão ser modificados o particionamento de obtenção das frações com vários níveis de misturas de solventes para atingir CIMs menores bem como identificação das moléculas responsáveis.

Palavras-chave:
 atividade antifúngica, Candida albicans, Candida parapsilosis, Concentração Inibitória Mínima, Physalis angulata


Agência de fomento:
CAPES