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Congresso Brasileiro de Microbiologia 2023
Resumo: 230-1

230-1

COMPARAÇÃO ENTRE MÉTODOS PARA A EXTRAÇÃO DE PEPTÍDEOS INIBIDORES DE ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA

Autores:
Victor Marques Silva de Assunção (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco) ; Karoline Mirella Soares de Souza (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Andreza Pereira de Amorin () ; Ana Lucia Figueiredo Porto Porto (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco) ; Raquel Pedrosa Bezerra (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco)

Resumo:
A hipertensão arterial (HA) é uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea, quando os valores da pressão ultrapassam os 140/90 mmHg. A enzima conversora de angiotensina (ECA) auxilia na regulação da pressão sanguínea. Embora existam fármacos sintéticos inibidores da ECA (iECA), como o Benazepril, Captopril, Enalapril, os mesmos apresentam efeitos colaterais nocivos ao organismo, incluindo dores de cabeça, fadiga, tosse seca e distúrbios do paladar após uso prolongado, havendo a necessidade de obter novos agentes terapêuticos com menores efeitos colaterais. Neste sentido, as microalgas são potenciais fontes de proteínas, que, quando hidrolisadas liberam peptídeos com diferentes atividades biológicas como antimicrobiana, antioxidade, anti-hipertensiva. Mediante o exposto, este trabalho objetivou avaliar métodos de obtenção de peptídeos com ação anti-hipertensiva extraídos da microalga Chlorella vulgaris. Foram utilizados 3 diferentes métodos: hidrólise química, física ou enzimática. No método químico, as proteínas foram hidrolisadas pela adição de 0,4 M HCl seguido de centrifugação, o precipitado obtido foi adicionado com 0,4 M NaOH, ambos na proporção sólido / solvente de 1:15, sob agitação durante 1 h à 4°C. No método físico, a biomassa foi adicionada a potência de 600w por 6 segundos e intervalo de 9s durante 30 minutos. No método enzimático, foram utilizados enzimas da digestão gastrointestinal in vitro. Para ambos os métodos, utilizou-se 1g de biomassa da C. vulgaris. Após a hidrólise, a fração líquida foi ultrafiltrada pela membrana de ultrafiltração de 3kDa para a separação do pool peptídico presente no permeado. Na hidrólise química, a inibição foi observada em 1 mg/ml com inibição de 15,7±0,45%, enquanto na hidrólise física, a 1 mg/ml inibiu 9,93±0,28%. No método enzimático pela simulação gastrointestinal, a maior inibição de 39,82±0,21% foi observada 1 mg/mL de peptídeos. Isso sugere que o método enzimático apresentou melhor eficácia na obtenção de peptídeos inibidores da ECA quando comparados a hidrólise física e química.

Palavras-chave:
 Anti-hipertensivo, Chlorella, Hidrólise química, Digesão gastrointestinal, Sonicação


Agência de fomento:
CNPq, CAPES, FACEPE