Congresso Brasileiro de Microbiologia 2023 | Resumo: 207-1 | ||||
Resumo:Um dos maiores problemas enfrentados pela indústria de produtos alimentícios são os contaminantes (insetos/fungos/praguicidas/micotoxinas) onde o emprego de medidas para seu controle e/ou descontaminação tem sido desafio para indústria de alimentos na garantia da qualidade do produto e da segurança do consumidor. Para a indústria de alimentos, os fungos filamentosos são frequentemente encontrados desde o seu cultivo no campo, armazenamento, processamento e distribuição. Destes contaminantes, muitas espécies fúngicas podem ser toxigênicas e produzir micotoxinas. Os gêneros mais conhecidos mundialmente e que despertam grande preocupação com relação à produção de toxinas são Aspergillus, Penicillium e Fusarium sp. Várias estratégias, como o uso de fungicidas, têm sido aplicados para eliminar fungos toxigênicos ou mesmo evitar a produção de micotoxinas ainda a campo. Entretanto, tanto esse protocolo, como vários outros, são passíveis de gerar resíduos nos alimentos, com potencial tóxico. Por isso, o estudo de novos protocolos de gestão de micotoxinas, baseados, por exemplo, em utilização de organismos ou ingredientes bioativos, auxiliam nas estratégias de controle de forma minimizar resíduos nos alimentos, podem ser classificados como agentes GRAS (geralmente reconhecidas como seguros) e autorizados para a fortificação de alimentos. Atualmente, os micro-organismos mais amplamente utilizados em alimentos tanto na alimentação humana, como para animais de produção são as leveduras, principalmente Saccharomyces spp. e bactérias ácido láticos (BAL). O uso de leveduras vivas na alimentação de ruminantes é capaz de reter até 90% da concentração de Aflatoxina B1 ingerida, bem como biomoléculas que interagem com as matrizes, diminuindo ou inviabilizando a biodisponibilidade das micotoxinas, como inibição de micobiota potencialmente tóxica. Com isso, metodologias preventivas que possam ademais de controlar a problemática das micotoxinas colaborar nos parâmetros produtivos dos animais, são sempre alternativas que devem ser valorizadas e desenvolvidas. Desta forma o desenvolvimento biotecnológico se torna promissor. O estudo de aditivos alimentares de origem biológica tem potencial de não apenas oferecer incremento produtivo na criação, mas promover a sanidade dos animais e bem como oferecer uma alternativa sustentável e economicamente viável, para a indústria de processamento de alimentos. Palavras-chave: Biometabolização, Micotoxinas, Alimentos Agência de fomento:Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro-FAPERJ, Processos SEI 260003/002531/2021 e SEI 260003/003283/2022 |