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Congresso Brasileiro de Microbiologia 2023
Resumo: 121-1

121-1

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DA ÁGUA PROVENIENTE DE POÇOS ARTESIANOS DE ÁREAS URBANAS E RURAIS NA CIDADE DE LONDRINA, NO NORTE DO PARANÁ, DURANTE O ANO DE 2021.

Autores:
Arthur Bossi do Nascimento (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Bruno Henrique Dias de Oliva (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Luana Carvalho Silva (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Luana Karolyne Salomão Almeida (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Sergio Paulo Dejato da Rocha (UEL - Universidade Estadual de Londrina)

Resumo:
A água desempenha um papel crucial na sobrevivência de todos os seres vivos, sendo um recurso essencial para a vida. Ela é amplamente utilizada em diversas áreas, como agricultura, produção de energia e abastecimento de indústrias e comunidades. No entanto, o rápido crescimento das áreas urbanas trouxe consigo um aumento significativo na quantidade de poluentes, resultando na contaminação dos recursos hídricos. Como resultado, essas fontes tornaram-se ambientes propícios para a proliferação de vetores patogênicos. Os principais indicadores de contaminação da água são os coliformes totais, que consistem em microrganismos Gram-negativos da ordem Enterobacteriales, incluindo bactérias dos gêneros Escherichia, Citrobacter, Klebsiella e Enterobacter. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar a potabilidade microbiológica de poços artesianos, em regiões urbanas e rurais da cidade de Londrina-PR, em 2021. Foram realizadas análises em um total de 81 (100%) amostras provenientes de poços artesianos, sendo 43 (53,09%) amostras coletadas em áreas rurais e 38 (46,91%) em áreas urbanas. Para a identificação de coliformes totais e Escherichia coli, o método substrato cromogênico Colilert® foi utilizado. Das 43 (100%) amostras provenientes das áreas rurais, 41 (95,34%) amostras não foram tratadas. Dessas, 30 (73,17%) apresentaram contaminação, sendo que em 18 amostras foram encontrados apenas coliformes e em 12 amostras foram encontrados coliformes e E. coli. Nas 11 (26,83%) amostras restantes, não foi identificada a presença desses microrganismos. Por fim, não foram encontradas contaminações nas 2 (4,66%) amostras que foram tratadas. Já nas 38 (100%) amostras provenientes das áreas urbanas, 32 (84,21%) foram tratadas. Entre essas amostras, 4 estavam contaminadas com coliformes e 28 não apresentaram contaminação. Das 6 amostras (15,79%) não tratadas, 3 apresentaram a presença de coliformes, 1 apresentou a presença de coliformes e E. coli, e nas 2 amostras restantes não foi identificada contaminação. De acordo com a Portaria 888/2021 do Ministério da Saúde, em 100 ml de água não deve conter coliformes ou E. coli. Dessa forma, das 81 (100%) amostras avaliadas, 34 (41,97%) apresentaram algum tipo de contaminação, tornando-a imprópria para o consumo, além disso em 13 (16,04%) amostras foi identificado a presença de E. coli, esse patógeno é responsável por causar infecções gastrointestinais. Tendo em vista esses dados, é de extrema importância evidenciar que esses resultados demonstram a necessidade de ações de tratamento da água, principalmente em áreas rurais, a fim de reduzir a contaminação por coliformes e E. coli, garantindo assim a qualidade e segurança do abastecimento de água para as comunidades.

Palavras-chave:
 Escherichia coli, Coliformes, Poços artesianos, Áreas urbanas


Agência de fomento:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)